Primeira carga de cereais ucranianos autorizada a seguir para Líbano

Lordelo

Avensat
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O primeiro navio carregado de cereais que saiu da Ucrânia depois da invasão da Rússia, em fevereiro, já foi inspecionado em Istambul e vai seguir caminho para o Líbano, anunciou esta quarta-feira o Ministério da Defesa da Turquia.
Segundo o Governo turco, a equipa de inspeção - constituída por funcionários da Ucrânia, Rússia, Turquia e das Nações Unidas - terminou a revisão a bordo do 'Razoni', que está ancorado na costa de Istambul, no Mar Negro, perto da foz do Bósforo.




O navio, que, de acordo com informações das Nações Unidas, transporta 26 527 toneladas de milho, partiu na segunda-feira do porto de Odessa, na costa ucraniana do Mar Negro.


Imagens divulgadas hoje na rede social Twitter pelo Ministério da Defesa turco mostram um inspetor a mexer num recipiente aberto cheio de milho.


A Ucrânia e a Rússia assinaram, em 22 de julho, acordos com a Turquia e a ONU para desbloquear a exportação de toneladas de cereais bloqueados nos portos do mar Negro.


Numa cerimónia realizada na cidade turca de Istambul, sob a mediação de Ancara e da ONU, foram assinados dois documentos similares mas em separado, já que a Ucrânia recusou assinar o mesmo papel que a Rússia. O protocolo irá vigorar durante quatro meses, sendo, no entanto, renovável.


O acordo de Istambul inclui dois documentos: um sobre as exportações de cereais da Ucrânia e outro sobre a exportação de produtos agrícolas e fertilizantes russos.


Os documentos determinaram a criação do centro de controlo em Istambul, dirigido por representantes das partes envolvidas: ucranianos, russos, turcos e representantes da ONU, que deverão estabelecer o cronograma de rotação de navios.


O acordo implica que passe a ser feita uma inspeção dos navios que transportam os cereais para garantir que não levam armas para a Ucrânia.


A Rússia lançou em fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

IN:CM
 
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