Protestos contra políticas do Governo israelita resultam em 2 feridos

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"Esta manifestação está solidária com os prisioneiros [palestinianos] nas prisões de ocupação (israelitas) e em apoio à resistência na Cisjordânia ocupada", sublinhou Maher al-Houli, líder do movimento islâmico Hamas, que governa de fato o enclave desde 2007, em comunicado.


Munidos com bandeiras palestinianas, os participantes queimaram pneus e entoaram cânticos anti-Israel.

Os manifestantes também atiraram granadas contra os veículos das forças israelitas parados junto à fronteira e lançaram balões incendiários do leste de Gaza para o sul de Israel, segundo adiantaram testemunhas, citadas pela agência Efe.

Em resposta, soldados israelitas abriram fogo e feriram dois manifestantes, um dos quais ficou em estado grave, segundo referiram fontes médicas de Gaza, que também trataram vários palestinianos por asfixia, após inalarem gás lacrimogéneo das forças israelitas.

Esta é a primeira manifestação perto da fronteira com Israel desde 2018 e teve como principal objetivo protestar contra as medidas tomadas pelo ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, contra prisioneiros palestinianos em prisões israelitas.

Ben-Gvir, colono ultranacionalista conhecido pela sua retórica antiárabe, é um dos membros do novo Governo de Benjamin Netanyahu, o mais à direita da história de Israel e que assumiu o poder em dezembro.

Perante a escalda do conflito israelo-palestiniano, Ben-Gvir determinou que os prisioneiros palestinianos fossem punidos depois de vários terem celebrado os recentes ataques mortais realizados por israelitas árabes em Jerusalém.

As sanções incluem isolamento total, proibição de receber visitas e de usar o telefone.

Outras medidas recentes tomadas pelo Governo israelita incluem a regularização de nove assentamentos judaicos construídos na Cisjordânia ocupada sem permissão do Estado, a demolição de casas de familiares de palestinianos que cometeram ataques e a revogação da cidadania ou residência permanente e posterior deportação de palestinianos condenados por terrorismo.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Nacional Palestiniana condenou hoje a adoção de "castigos coletivos e crimes de limpeza étnica" por parte do Governo israelita, alertando que esta estratégia vai trazer "uma nova escalada e uma espiral de violência sem fim difícil de controlar" .

A atual onda de violência surgiu no final de março do ano passado, quando Israel lançou uma operação em resposta a uma série de ataques mortais de palestinianos e árabes israelitas.

A estratégia israelita consiste em ataques violentos quase diários na Cisjordânia ocupada.

Somam-se a essas incursões e ataques os ataques de colonos judeus contra palestinianos e o lançamento de 'rockets' de Gaza para Israel, aos quais o Estado judeu costuma responder com bombardeamentos.

Até agora, somente em 2023, o conflito resultou na morte de 48 palestinianos e outros 11 mortos no lado israelita.

Israel conquistou Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, juntamente com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

Posteriormente, anexou Jerusalém Oriental, uma decisão nunca reconhecida pela comunidade internacional.

Os palestinianos pretendem recuperar a Cisjordânia ocupada e Gaza e reivindicam Jerusalém Oriental como capital do Estado da Palestina.

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