Protestos nas galerias afastam Governo e Assunção inShare1

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Pela segunda vez em poucas semanas, a presidente da Assembleia da República foi ‘encostada’ pelos partidos da maioria e pelo Governo por causa dos já rotineiros protestos nas galerias do Parlamento contra o Executivo.

Um dia depois de o alvo ter sido a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, PSD e CDS aproveitaram a conferência de líderes parlamentares para insistir com Assunção Esteves, defendendo que a AR_devia fazer uma participação ao Ministério Público das pessoas que quebram as regras parlamentares. Uma participação levaria aquelas pessoas a tribunal – trata-se de um crime público –, sendo depois proibidas de entrar na Assembleia. Em si mesmo, o processo seria um desincentivo a novas iniciativas.

A presidente do Parlamento, porém, recusa fazê-lo, deixando na mãos das autoridades policiais fazer a identificação dessas pessoas, se assim o entender. “Sendo um crime público, nada impede as autoridades” de agirem, terá dito Assunção Esteves, no relato do porta-voz da conferência de líderes, Duarte Pacheco. A única decisão tomada foi, assim, a de se elaborar um “estudo” que compare as regras de acesso ao Parlamento noutras assembleias.

Pela parte da CGTP, a central sindical mostrou esta semana uma nova etapa no tipo de protestos contra o Governo, com a invasão dos átrios de quatro ministérios. Arménio Carlos afasta a ideia de que o protesto vem a reboque dos apelos de Mário Soares na Aula Magna. “Não pautamos a nossa actuação pela actuação de outros”, afirma ao SOL. O protesto estava marcado desde 1 de Novembro, quando foi anunciado o Dia da Indignação.

O líder da CGTP desmente que vá haver uma intervenção mais musculada. “Temos dado provas de que somos contra a violência. A violência que há é do Governo contra os trabalhadores”. Sobre a manifestação de polícias que ultrapassou as grades em frente ao Parlamento diz que “foram protestos legítimos. O desfecho não teve nada de especial”.

david.dinis@sol.pt
 
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