PSD/Porto repudia nomeação de presidente da APDL baseada em "simpatias"

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"Como é possível escolher um alto quadro de gestão para um cargo público não pelas competências, mas sim pelas simpatias pessoais e benefícios políticos futuros", disse o presidente do PSD/Porto, Sérgio Humberto, citado em comunicado.


O social-democrata lamentou as notícias que vieram a público nos últimos dias, nomeadamente o facto dos dirigentes do PS estarem em desacordo com o Governo socialista quanto à nomeação do presidente da APDL.

"Os dirigentes do PS estão em desacordo com o Governo porque o ministro [das Infraestruturas] João Galamba nomeou um gestor contra a indicação, por exemplo, de Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da AMP [Área Metropolitana do Porto] e da Câmara Municipal de Gaia. O distrito do Porto nada ganha com esta guerra interna do PS", observou.

Sérgio Humberto, também presidente da Câmara Municipal da Trofa, no distrito do Porto, entendeu que são estas notícias que afastam os cidadãos da causa pública e dos partidos políticos, dando espaço ao aumento do populismo.

"Na verdade, não se pode aceitar que figuras políticas, tais como presidentes de câmaras municipais do distrito do Porto em reuniões internas dos seus partidos somente olhem para os seus interesses pessoais e benefícios que possam colher no futuro", lamentou.

No final de janeiro, o jornal Eco avançou que o atual presidente-executivo da Águas do Alto Minho, João Neves, ia substituir Nuno Araújo na presidência da APDL.

Entretanto, o JN na edição de hoje noticiou que "a relação do novo ministro das Infraestruturas, João Galamba, com a distrital do PS/Porto, liderada por Eduardo Vítor Rodrigues, começa mal devido à escolha para a presidência da APDL".

"O sucessor de Pedro Nuno Santos terá trocado as voltas ao autarca de Gaia e presidente do Conselho Metropolitano do Porto ao optar pela nomeação de João Neves para a APDL, em vez de Miguel Lemos Rodrigues, que estaria decidido no mandato do anterior ministro", referiu o jornal diário.

Na opinião de Bruno Pereira, presidente do PSD/Matosinhos, concelho onde está sediada a APDL, esta situação "não é caso virgem".

"As sucessivas administrações socialistas da APDL agem como se o território fosse seu e não se preocupam com o bem-estar destas populações", entendeu o social-democrata, igualmente citado no comunicado.

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