Numa altura em que o Kremlin poderá alterar a designação dada à guerra na Ucrânia, o Reino Unido aponta este sábado que está em cima da mesa de Vladimir Putin um relatório sobre o apoio popular à invasão, algo que tem caído bastante.
O Ministério da Defesa do Reino Unido, no seu habitual balanço divulgado através do Twitter, refere que foi elaborado um relatório por parte de um grupo parlamentar russo, liderado por Andrey Turchak (que é o secretário do conselho geral do partido de Putin, o Rússia Unida).
Dizem os britânicos que o documento "provavelmente cobre tópicos como o apoio da sociedade aos que estão mobilizados e às suas famílias", acrescentando que "o assunto tornar-se-á mais saliente se uma nova mobilização (coberta ou declarada) for levada a cabo".
"Putin pode mesmo referir estas questões no seu discurso sobre o estado da nação, no dia 21 de fevereiro", referem os serviços de inteligência britânicos.
De recordar que, apesar de existir uma grande insatisfação contra a invasão na Ucrânia, a grande maioria dos protestos anti-guerra na Rússia foram suprimidos violentamente pelo regime. Milhares de pessoas foram detidas nos primeiros dias da guerra e o Kremlin ordenou o encerramento de vários órgãos de comunicação social que não respeitassem a retórica do regime, passando pela simples designação da guerra como uma "operação militar especial".
O Reino Unido aponta, no entanto, que "está a tornar-se cada vez mais difícil para o Kremlin insular a população da guerra", citando uma sondagem de dezembro de 2022 que, afirmam, concluiu que "52% tem um amigo ou familiar que já serviu na chamada 'operação militar especial'".
Em setembro de 2022, Putin anunciou uma mobilização de reservas para a guerra na Ucrânia, mas a decisão gerou inúmeros protestos por todo o país e tentativas de muitos homens de fugir pelas fronteiras com a Finlândia e a Geórgia. Surgiram também vários relatos de que as forças russas estariam a arrastar civis, sem experiência militar, para a guerra.
Na sexta-feira, os britânicos referiram que esta mobilização de pessoas com pouco treino resultou num aumento das mortes nas forças russas, estimando-se que tenham morrido cerca de 60 mil soldados russos na Ucrânia.
A guerra já causou mais de 7.100 mortos civis, segundo os últimos dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização estima que o número real seja muito superior, dadas as dificuldades de contabilizar as baixas em cidades e zonas ocupadas pelos russos, nomeadamente em Mariupol, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas.
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O Ministério da Defesa do Reino Unido, no seu habitual balanço divulgado através do Twitter, refere que foi elaborado um relatório por parte de um grupo parlamentar russo, liderado por Andrey Turchak (que é o secretário do conselho geral do partido de Putin, o Rússia Unida).
Dizem os britânicos que o documento "provavelmente cobre tópicos como o apoio da sociedade aos que estão mobilizados e às suas famílias", acrescentando que "o assunto tornar-se-á mais saliente se uma nova mobilização (coberta ou declarada) for levada a cabo".
"Putin pode mesmo referir estas questões no seu discurso sobre o estado da nação, no dia 21 de fevereiro", referem os serviços de inteligência britânicos.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 18 February 2023
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De recordar que, apesar de existir uma grande insatisfação contra a invasão na Ucrânia, a grande maioria dos protestos anti-guerra na Rússia foram suprimidos violentamente pelo regime. Milhares de pessoas foram detidas nos primeiros dias da guerra e o Kremlin ordenou o encerramento de vários órgãos de comunicação social que não respeitassem a retórica do regime, passando pela simples designação da guerra como uma "operação militar especial".
O Reino Unido aponta, no entanto, que "está a tornar-se cada vez mais difícil para o Kremlin insular a população da guerra", citando uma sondagem de dezembro de 2022 que, afirmam, concluiu que "52% tem um amigo ou familiar que já serviu na chamada 'operação militar especial'".
Em setembro de 2022, Putin anunciou uma mobilização de reservas para a guerra na Ucrânia, mas a decisão gerou inúmeros protestos por todo o país e tentativas de muitos homens de fugir pelas fronteiras com a Finlândia e a Geórgia. Surgiram também vários relatos de que as forças russas estariam a arrastar civis, sem experiência militar, para a guerra.
Na sexta-feira, os britânicos referiram que esta mobilização de pessoas com pouco treino resultou num aumento das mortes nas forças russas, estimando-se que tenham morrido cerca de 60 mil soldados russos na Ucrânia.
A guerra já causou mais de 7.100 mortos civis, segundo os últimos dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização estima que o número real seja muito superior, dadas as dificuldades de contabilizar as baixas em cidades e zonas ocupadas pelos russos, nomeadamente em Mariupol, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas.
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