Qatar junta-se a Eni e Total para explorar hidrocarbonetos no Líbano

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O acordo foi assinado, em Beirute, pelo ministro da Energia do Líbano, Walid Fayad, o seu homólogo do Qatar e diretor executivo da Qatar Energy, Saad al-Kaabi, da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, e da Eni, Claudio Descalzi.


"A entrada do Qatar no consórcio tem um significado especialmente político" para o Líbano, numa altura colapso económico, defendeu o especialista em energia Naji Abi Aad, em declarações à AFP, considerando que o envolvimento do rico emirado do gás "traz uma garantia política", principalmente por causa dos laços do Qatar com países ocidentais e até com Israel.

Depois de a russa Novatek se retirar do consórcio, em 2022, o Qatar passou a deter 30% das ações, contra 35% da Total e 35% da Eni, explicou o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati.

Líbano e Israel, ainda em estado de guerra, assinaram em outubro de 2022 um acordo para delimitar a fronteira marítima, após mediação americana, que permitiu que o Líbano começar a explorar o potencial campo de Cana, parte do qual localizado em águas israelitas, em troca do pagamento de uma compensação.

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