Lordelo
Avensat
ode tornar-se outro vírus endémico nas nossas comunidades e esse vírus pode nunca desaparecer", afirmou Michael Ryan. o diretor de Emergências Sanitárias da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Conforme explica uma reportagem da BBC News Mundo, os especialistas alertam que regra geral o desenvolvimento de uma vacina totalmente eficaz contra um vírus tende a demorar décadas e pode simplesmente não acontecer.
Apesar da possibilidade do SARS-CoV-2 permanecer entre nós no futuro parecer devastadora, numa altura em que o número de infecções confirmadas é de cerca de nove milhões e o número de mortos ronda os 470 mil, a verdade é que não seria um caso único na história.
A BBC News Mundo, divulgou uma lista com quatro vírus potencialmente fatais para os quais ainda não há vacina, e como o ser humano aprendeu a viver com eles:
1. VIH
Passaram quase quatro décadas desde que os cientistas conseguiram isolar o VIH, responsável por provocar a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), desde o seu aparecimento, este vírus causou a morte de mais de 32 milhões de pessoas.
Atualmente, ainda não há vacina contra o VIH e, existem cerca de 40 milhões de pessoas infetadas em todo o mundo.
Todavia, o VIH já não equivale a uma sentença de morte certa. O desenvolvimento de melhores métodos de prevenção de contágio e tratamentos que diminuem a sua letalidade transformou a infeção num problema de saúde crónico, não impedindo os indivíduos infectados de ter uma vida normal e saudável.
2. Gripe das aves
No fim da década de 1990, foram descobertas duas famílias de gripe das aves. Segundo, a BBC são vírus disseminados entre aves que, por sua vez, os transmitem aos seres humanos por contato direto ou através de objetos infetados com as fezes de animais doentes.
Em 1997, os primeiros casos de infecção pelo vírus H5N1 foram detectados em Hong Kong, resultando no abate de todas as galinhas da ilha.
Desde aí, foram reportados casos em mais de 50 países da África, Ásia e Europa, com um índice de mortalidade de 60% nos humanos.
Entretanto, a cepa A H7N9 foi pela primeira vez identificada em maio de 2013 na China, onde desde então foram relatados alguns surtos ocasionais
Segundo a OMS, entre 2013 e 2017, ocorreram 1.565 infecções humanas confirmadas, das quais 39% foram letais. Apesar da sua elevada taxa de mortalidade, felizmente é pouco comum que esses vírus se propaguem por contato de pessoa a pessoa.
3. SARS
Segundo, a OMS as primeiras infecções por SARS ocorreram em 2002 na província chinesa de Guangzhou. Por sua vez, o vírus causou uma epidemia de síndrome respiratória aguda grave (SARS) que em 2003 afetou 26 países com um total de mais de oito mil casos.
Desde essa altura, um número diminuto de contágios foi registado pelas autoridades de saúde.
O SARS-CoV é um tipo de coronavírus que se crê ter sido transmitido aos seres humanos por um animal, provavelmente um morcego.
A OMS, aponta que a epidemia terminou em julho de 2003, sendo que até aí mais de 8.400 casos haviam sido confirmados, causando 916 mortes, com uma taxa de mortalidade de 11%.
4. MERS
O MERS-CoV é outro tipo de coronavírus. Identificado pela primeira vez em 2012 e é a causa de uma doença conhecida como síndrome respiratória no Médio Oriente.
Trata-se de um vírus com uma taxa elevada de mortandade. Entre os 2.494 casos confirmados que ocorreram em todo o mundo até novembro de 2019, foram registadas cerca de 858 mortes.
A transmissão dá-se sobretudo de animais para pessoas e, acredita-se que os dromedários sejam a principal fonte de contágio.
Contudo, a disseminação de humano para humano é rara, a menos que haja contato próximo sem medidas profiláticas adequadas.
Conforma aponta a BBC, no caso do MERS, tal como no SARS, após a epidemia ter sido controlada, cessaram os esforços para criar vacinas.
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