Lordelo
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A apneia obstrutiva do sono traduz-se no relaxamento e estreitamento dos músculos da garganta durante o sono, o que por sua vez pode provocar o bloqueio completo ou parcial das vias nasais e causar adicionalmente paragens respiratórias.
O alerta surge após investigadores da Universidade de Warwick, no Reino Unido, analisarem os efeitos colaterais da Covid-19 em pacientes que sofriam da condição.
Os dados apurados, publicados no periódico Sleep Medicine Reviews, revelaram que quem padece de apneia apresenta um risco significativamente mais elevado de morrer ou de internamento hospitalar após contrair o novo coronavírus SARS-CoV-2.
Muitos dos riscos associados à apneia do sono, incluem diabetes, obesidade e hipertensão.
O estudo britânico reviu outras 18 pesquisas prévias sobre o distúrbio realizadas até junho deste ano - oito das quais incidiam no risco de morte, enquanto dez eram referentes ao diagnóstico e tratamento da apneia obstrutiva do sono.
Num vasto estudo relativo a doentes diabéticos hospitalizados com Covid-19, aqueles que estavam igualmente a serem tratados por apneia detinham uma probabilidade 2.8 superior de morrer no sétimo dia após serem admitidos no hospital.
Contudo os especialistas, liderados pela médica Michelle Miller, afirmam que ainda necessitam de realizar mais pesquisas de modo a melhor entender o elo de ligação entre a condição do sono e a Covid-19.
Inflamação
Miller, da Faculdade de Medicina de Warwick, disse em declarações ao jornal The Sun Online: "sem uma imagem clara de quantas pessoas sofrem de apneia obstrutiva do sono é difícil determinar com exatidão quantos indivíduos com a condição experienciaram piores desfechos devido à Covid-19".
"Esta condição é extremamente subdiagnosticada, e não sabemos com exatidão se a apneia não diagnosticada confere ainda um risco mais elevado ou não".
"É provável que a Covid-19 aumenta o stress oxidativo e inflamação do organismo e que afete as vias bradicionas, as quais também são afetadas em pacientes que sofrem de apneia obstrutiva do sono", afirmou Miller.
Acrescentando: "quando temos indivíduos nos quais estes mecanismos já estão afetados, não é de surpreender que a Covid-19 os afete mais severamente".
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