Rússia quer "mostrar no aniversário da invasão que tem algumas hipóteses"

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta quarta-feira, que se tem registado “um certo aumento nas ações ofensivas” das tropas russas no leste do país, região onde a situação se está a “tornar mais grave”, e alertou que a Rússia está a tentar “ganhar algo agora para mostrar no aniversário da invasão que ainda tem algumas hipóteses” de vencer o conflito.


Na sua , o chefe de Estado ucraniano afirmou que teve “várias reuniões” com chefes militares. “Há um certo aumento nas ações ofensivas dos ocupantes na linha da frente - no leste do nosso país. A situação está a tornar-se ainda mais grave”, disse.

Destacando que o país tem persistido “de fevereiro a fevereiro”, tendo em conta que a invasão russa ocorreu na madrugada de 24 de fevereiro de 2022, Zelensky alertou que o "inimigo está a tentar ganhar algo agora para mostrar no aniversário da invasão que a Rússia supostamente tem algumas hipóteses” e alertou para a necessidade de o povo ucraniano permanecer “especialmente unido”.

O presidente ucraniano abordou ainda as buscas levadas hoje a cabo em várias regiões ucranianas contra “diferentes indivíduos no âmbito de um processo penal” e, apesar de não querer fazer “avaliações políticas”, destacou a “reação da sociedade”, que mostra que as “pessoas aprovam as ações das autoridades”.

“O movimento em direção à justiça é tangível. E a justiça será garantida”, afirmou.


As buscas em causa, recorde-se, , devido a uma investigação sobre a queda de um helicóptero em que viajava a cúpula do atual ministério.

O helicóptero despenhou-se em 18 de janeiro na região de Kyiv, causando a morte de 14 pessoas, incluindo o ministro do Interior, Denys Monastyrsky, o seu adjunto Yevhen Yenin, e o secretário de Estado do Interior Yuriy Lubkovych.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

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