Risco de coágulos letais aumenta se rejeitar vacina e ficar infetado

Lordelo

Avensat
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Desde março que as vacinas contra a Covid-19 foram associadas a uma pequena porção de casos de aparecimento de coágulos sanguíneos - sendo que os imunizantes continuam a ser considerados eficazes e seguros.

As autoridades de saúde continuam assim a incentivar as pessoas a serem vacinadas, apesar do risco diminuto.

E um novo estudo, publicado no The Lancet mas que ainda não foi revisto pelos seus pares, reitera que é preferível tomar a vacina do que não. Os investigadores analisaram seis milhões de pessoas na região da Catalunha, em Espanha, onde cerca 1.3 milhões já foram inoculados com uma ou duas doses da AstraZeneca ou da Pfizer.

Outras 222.710 pessoas que já tinham tido Covid foram também incluídas no estudo.

Investigadores em Espanha, financiados pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), procuravam por casos de distúrbios da coagulação sanguínea.

Os cientistas disseram que as vacinas da Pfizer e Astrazeneca apresentaram "perfis de segurança semelhantes" neste estudo, o que significa que uma não é pior do que a outra.

Contudo, afirmaram que durante a pesquisa foram administradas menos doses da AstraZeneca, tornando esses dados menos confiáveis.

"Independentemente da vacina utilizada, o aumento das taxas de trombose entre as pessoas com Covid-19 é muito maior do que entre as pessoas vacinadas", disseram os especialistas.

Embora a Covid seja principalmente uma doença respiratória, o seu impacto no sistema circulatório e no sangue abre caminho para a formação de coágulos sanguíneos.

Teoriza-se que o vírus irrita as células que revestem os vasos sanguíneos, fazendo com que libertem proteínas que desencadeiam a coagulação.

A Covid também pode conduzir a uma resposta imunológica hiperativa, levando à inflamação do corpo que pode causar a coagulação do sangue.

Coágulos sanguíneos podem levar a derrames mortais, ataques cardíacos ou bloquear os pulmões. Muitos pacientes infetados com o novo coronavírus em estado crítico terão morrido desta complicação.

Casos de tromboembolismo venoso - quando se forma um coágulo sanguíneo numa veia, mais comummente nas veias profundas das pernas ou pelve - foram 1,3 vezes e 1,15 vezes mais elevados após a toma da primeira dose da vacina da Pfizer ou da AstraZeneca, respetivamente.

Após o diagnóstico de Covid, foi oito vezes maior.

O risco de plaquetas baixas no sangue foi 1,35 vezes superior após a primeira toma do imunizante da Pfizer, mas 3,5 vezes maior após contrair Covid-19.

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