RTP: Taxa debaixo de fogo

florindo

Avensat
ng1278259_435x190.jpg


Privados alertam para o perigo de distorção do mercado com a manutenção da taxa de televisão.
Especialistas dizem que é impossível ter serviço público sem pagar e que isso tem de ser fiscalizado.
A hipótese de o Governo concessionar a RTP, mantendo a taxa de televisão, causou surpresa no mercado audiovisual.
Com um valor que em 2011 chegou aos 150 milhões de euros, a Contribuição Audiovisual (CAV) é mais do que o orçamento da SIC e quase tanto como o da TVI.
«É mais do que os custos de todo universo SIC» – garante o director geral da estação de Carnaxide, Luís Marques.
Escusando-se a comentar o modelo de concessão delineado pelo Governo, o director da SIC_explica que 150 milhões «é um valor muito elevado para o mercado audiovisual nacional».
E para o sublinhar recorda que, mesmo com um orçamento desse valor, a SIC deu «um lucro de 22 milhões de euros no ano passado».
Miguel Pais do Amaral, presidente não executivo da Media Capital (accionista da TVI), revela que «140 milhões é um bocadinho menos do que o budget anual da TVI – e isto tendo em conta que é uma televisão com um share de audiência de mais de 30% e com muito trabalho para conseguir esse lugar». A RTP tem tido cerca de 15% de share.
Num mercado tão competitivo como o da televisão e tendo em conta que a publicidade está em queda acentuada há mais de um ano, Pais do Amaral vê no modelo de concessão com a manutenção da taxa um factor de distorção.
«É uma PPP (Parceria Público Privada), é ridículo.
Uma televisão não é uma auto-estrada ou uma ponte, onde não há concorrência.
É um ambiente competitivo onde se luta pelo mesmo mercado», comenta.
«Esse modelo é uma originalidade portuguesa e Portugal sempre se deu mal com originalidades», acrescenta, ressalvando que fala «a título pessoal» e não em representação da empresa que detém a TVI.

Fonte:
 
Voltar
Topo