S&P baixa perspetiva de evolução do rating da Nigéria para Negativa

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"A mudança da perspetiva de evolução de Estável para Negativa reflete os crescentes riscos sobre a capacidade da Nigéria servir a sua dívida nos próximos um a dois anos devido à intensificação das pressões orçamentais e externas", escrevem os analistas da S&P.


Na nota que a acompanha a decisão de manter o 'rating' e baixar a Perspetiva de Evolução, que é normalmente o primeiro passo para uma descida do 'rating', isto é, a avaliação sobre a capacidade do país honrar os compromissos financeiros, a S&P diz que "a produção baixa, embora tendo subido recentemente, de petróleo, os grandes custos de refinação do petróleo, a elevada despesa com a dívida e os défices significativos estão a exacerbar os desequilíbrios externos e orçamentais" do país.

Para a S&P, a Nigéria enfrenta também "uma capacidade limitada e cara de acesso aos mercados internacionais de capital, e um consequente crescimento da dependência de financiamento interno pagando elevadas taxas de juros".

A decisão da S&P surge cerca de duas semanas antes das eleições presidenciais na Nigéria, que é simultaneamente o maior produtor de petróleo da África subsaariana, o mais populoso e a maior economia da região, e uma semana depois de a Moody's ter descido o 'rating' do país, afirmando que o aumento da dívida pública e a queda da receita pública são os principais fatores para esta ação.

"O perfil de crédito reflete os desafios cada vez maiores do serviço da dívida, e pequena base de receita e o enquadramento institucional e de governação muito fracos são um problema de há muito", escrevem os analistas na nota que acompanha a decisão de descer a opinião sobre a qualidade do crédito soberano de B3 para Caa1, abaixo da recomendação de investimento, ou 'lixo', como é geralmente designado.

Na nota, esta agência de rating também se refere ao risco de um "ciclo vicioso negativo" entre os requisitos crescentes para fazer face à dívida e as cada vez maiores taxas de juro, o que potencialmente poderá obrigar a uma escolha entre pagar a dívida ou financiar importantes despesas sociais.

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