Santa Maria da Feira faz das ruas palco

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Três dias de espetáculos nas ruas de Santa Maria da Feira juntam mais de 1700 participantes locais e profissionais da performance. Começa hoje o Imaginarius, com aposta nas estreias nacionais e produções próprias.[/b
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A envolvência da comunidade no que é um dos eventos em espaços públicos com maior afluência na Feira ganhou relevo nesta edição, a 12.ª, do Imaginarius, que apresenta cinco criações próprias e tem aqui um dos seus principais objetivos cumpridos, segundo José Cardoso, responsável pela programação.

Há três meses a trabalhar com um grupo base de 30 artistas de companhias locais, o encenador inglês Lee Beagley conta com um grupo de 160 participantes, entre intérpretes e músicos, na sua proposta "O comboio fantasma de Santa Maria da Feira". O espetáculo, que começa na estação da CP e irá em parada até à zona do mercado, com paragens obrigatórias para alguns quadros cómicos (como no antigo matadouro municipal), é uma das principais criações do Imaginarius.

A criação nacional também é valorizada na adaptação do espetáculo de dança "Vale" (vencedor do Prémio Autores para a Melhor Coreografia em 2010), que Madalena Victorino traz ao Imaginarius, juntando em palco sete bailarinos com 52 pessoas da comunidade. "Tenho aqui gente dos cinco aos 84 anos que durante uma semana viveram a experiência do mundo do espetáculo", comenta a coreógrafa, mostrando o outro lado do Imaginarius. Noutra adaptação para rua, também a coreógrafa Filipa Francisco propõe uma fusão de dança contemporânea e folclore com o espetáculo "A viagem", que conta com a participação de dois grupos de rancho locais.

A arte comunitária tem, porém, a sua maior expressão no Imaginarius com o projeto "Imaginar o futuro", que, entre outras performances, encerra o festival com o concerto da Orquestra Criativa de Santa Maria da Feira, dirigida por Aleksandar Caric. Reúne em palco 400 pessoas, num objetivo de integração social pela arte. O programa inclui, ainda, exposições, instalações e conversas sobre criação artística e um espaço para novos artistas.

Uma das novidades é o alargamento dos horários à tarde e a domingo (em detrimento da quinta-feira), com uma programação mais familiar
 
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