O Benfica entrou num espaço que não conhecia desde a época passada. Duas derrotas deitaram as águias ao tapete, algo que não se via desde abril de 2022, depois de Sp. Braga e Liverpool. Após estes resultados, vários pontos de interrogação foram colocado à volta de Roger Schmidt, das ideias do alemão e à qualidade dos jogadores.
Foquemo-nos no treinador. Schmidt tem deixado, no geral, boa impressão no futebol português. No entanto, em dois grandes deslizes do Benfica, ficou evidente que há uma falha, se assim se pode apelidá-la: as substituições.
Os encarnados parecem viver um ciclo vicioso no que toca a ir ao banco refrescar a equipa. Schmidt não tem mexido muito e os números falam por si.
Benfica perto do fundo da lista
Roger Schmidt parece ser leal aos seus princípio. Por essa razão é que não muda de estratégia durante os jogos, seja qual for a prova, o adversário ou até o resultado. Nos 47 jogos que realizou até esta altura na época do Benfica, o alemão alcançou polos diferentes em duas listas distintas.
Apenas o Gil Vicente fez menos substituições que o Benfica nesta época © Getty Images
Se por um lado é um dos que menos mexe, por outro, é um dos que mais mexe em hora 'indevida'. Vamos por partes. O Benfica tem, até esta fase da época, 199 substituições realizadas. O número fica minimizado a nada quando se percebe que apenas o Gil Vicente fez menos substituições que as águias.
A aposta nas opções do banco tem sido muito reduzida. Aliás, a aposta no plantel no geral já tem sido tema de discussão no reino da águia. De notar que Roger Schmidt tem cinco substituições por jogo para realizar, mas em apenas cerca dos jogos desta época é que as fez por completo.
Mexer tarde parece ser imagem de marca
Das 199 alterações que o Benfica de Schmidt fez durante os jogos desta época, a maioria, surpreenda-se, foi a chegar aos último minutos do relógio.
Dizem os livros que as substituições devem ser feitas a partir do minuto 60, mas o treinador dos encarnados adotou outro método. Nesse sentido, as trocas que o Benfica mais fez foram para lá do minuto 75, ou seja, no último quarto de hora do encontro.
Roger Schmidt tem feito mais substituições para lá do minuto 75© Getty Images
De notar ainda uma tendência que, ao contrário do ponto anterior, coloca Schmidt perto do topo de uma lista. Do total de trocas em jogo, 26 foram para lá do minuto 90. Os números parecem relativamente baixos, mas podem chamar mais a atenção do leitor quando perceber que, por conta deles, Schmidt é o segundo treinador da I Liga a mexer mais durante a compensação, com 16 substituições, apenas atrás de Petit (20).
Musa e Guedes experimentaram 'nova moda'
Frente ao Inter, a falta de confiança no banco poder ter ficado ainda evidente. Roger Schmidt chamou Petar Musa e Gonçalo Guedes, para, depois, devolver a dupla ao banco. Neste jogo, o treinador alemão acabou mesmo por fazer apenas uma alteração, a de Florentino Luís, ao minuto 64, para a entrada de David Neres.
Este não é caso único. Igualmente na Luz, durante o Clássico da I Liga frente ao FC Porto, Schmidt mexeu três vezes, uma delas porque foi obrigado. Gilberto rendeu Bah na primeira parte devido à lesão do dinamarquês, Neres e Musa foram chamados, um ao minuto 56, como manda a tal 'regra', e outro já para lá dos últimos cinco minutos do tempo regulamentar. Na outra área técnica, como termo de comparação, Sérgio Conceição lançou cinco jogadores, dois aos 56', um aos 71', outro aos 72' e o último aos 88'.
Petar Musa e Gonçalo Guedes não chegaram a entrar frente ao Inter© Getty Images
Olhando para outros jogos desta época que acabaram em empate ou derrota do Benfica, é possível notar o mesmo fenómeno. Em Braga, no empate a um golo para a Taça de Portugal, Schmidt lançou Gilberto à meia hora de jogo para colmatar a saída forçada de Bah, que tinha sido expulso. A partir de então, lançou Gonçalo Ramos e Morato ao intervalo e só voltou a mexer no prolongamento, tirando Ramos para entrar Rafa e fazendo entrar Lucas Veríssimo após a expulsão de Morato.
No mesmo estádio, mas para a I Liga, o Benfica perdeu por 3-0 e Schmidt não fez melhor no banco. A primeira alteração foi Musa por Florentino Luís, ao intervalo, tendo feito as duas últimas já em cima do minuto 90, quando o tempo de reagir ao mau resultado já era muito escasso. Já no dérbi com o Sporting, um empate a dois golos, Schmidt mexeu duas vezes. A primeira foi ao minuto 65, para lançar David Neres para o lugar de Aursnes, sendo a última já na compensação, Chiquinho por Rafa Silva.
O Benfica soma duas derrotas seguidas nesta época© Getty Images
Schmidt defendeu-se em conferência de imprensa, depois da derrota frente ao Inter, para dizer que fazias as alterações que queria. Mas a questão que fica no ar é só uma: será que, além de ser o melhor remédio, fazer substituições é a nova arte do futebol?
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Roger Schmidt parece ser leal aos seus princípio. Por essa razão é que não muda de estratégia durante os jogos, seja qual for a prova, o adversário ou até o resultado. Nos 47 jogos que realizou até esta altura na época do Benfica, o alemão alcançou polos diferentes em duas listas distintas.
Se por um lado é um dos que menos mexe, por outro, é um dos que mais mexe em hora 'indevida'. Vamos por partes. O Benfica tem, até esta fase da época, 199 substituições realizadas. O número fica minimizado a nada quando se percebe que apenas o Gil Vicente fez menos substituições que as águias.
A aposta nas opções do banco tem sido muito reduzida. Aliás, a aposta no plantel no geral já tem sido tema de discussão no reino da águia. De notar que Roger Schmidt tem cinco substituições por jogo para realizar, mas em apenas cerca dos jogos desta época é que as fez por completo.
Mexer tarde parece ser imagem de marca
Das 199 alterações que o Benfica de Schmidt fez durante os jogos desta época, a maioria, surpreenda-se, foi a chegar aos último minutos do relógio.
Dizem os livros que as substituições devem ser feitas a partir do minuto 60, mas o treinador dos encarnados adotou outro método. Nesse sentido, as trocas que o Benfica mais fez foram para lá do minuto 75, ou seja, no último quarto de hora do encontro.
De notar ainda uma tendência que, ao contrário do ponto anterior, coloca Schmidt perto do topo de uma lista. Do total de trocas em jogo, 26 foram para lá do minuto 90. Os números parecem relativamente baixos, mas podem chamar mais a atenção do leitor quando perceber que, por conta deles, Schmidt é o segundo treinador da I Liga a mexer mais durante a compensação, com 16 substituições, apenas atrás de Petit (20).
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Frente ao Inter, a falta de confiança no banco poder ter ficado ainda evidente. Roger Schmidt chamou Petar Musa e Gonçalo Guedes, para, depois, devolver a dupla ao banco. Neste jogo, o treinador alemão acabou mesmo por fazer apenas uma alteração, a de Florentino Luís, ao minuto 64, para a entrada de David Neres.
Este não é caso único. Igualmente na Luz, durante o Clássico da I Liga frente ao FC Porto, Schmidt mexeu três vezes, uma delas porque foi obrigado. Gilberto rendeu Bah na primeira parte devido à lesão do dinamarquês, Neres e Musa foram chamados, um ao minuto 56, como manda a tal 'regra', e outro já para lá dos últimos cinco minutos do tempo regulamentar. Na outra área técnica, como termo de comparação, Sérgio Conceição lançou cinco jogadores, dois aos 56', um aos 71', outro aos 72' e o último aos 88'.
Olhando para outros jogos desta época que acabaram em empate ou derrota do Benfica, é possível notar o mesmo fenómeno. Em Braga, no empate a um golo para a Taça de Portugal, Schmidt lançou Gilberto à meia hora de jogo para colmatar a saída forçada de Bah, que tinha sido expulso. A partir de então, lançou Gonçalo Ramos e Morato ao intervalo e só voltou a mexer no prolongamento, tirando Ramos para entrar Rafa e fazendo entrar Lucas Veríssimo após a expulsão de Morato.
No mesmo estádio, mas para a I Liga, o Benfica perdeu por 3-0 e Schmidt não fez melhor no banco. A primeira alteração foi Musa por Florentino Luís, ao intervalo, tendo feito as duas últimas já em cima do minuto 90, quando o tempo de reagir ao mau resultado já era muito escasso. Já no dérbi com o Sporting, um empate a dois golos, Schmidt mexeu duas vezes. A primeira foi ao minuto 65, para lançar David Neres para o lugar de Aursnes, sendo a última já na compensação, Chiquinho por Rafa Silva.
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