Senhorio recusa aumentar renda a jovem casal. "Chamam-me louco"

[Lordelo]

Tal como em Portugal, os valores para arrendar casa em Espanha dispararam e Vigo não é exceção. Algumas áreas da cidade espanhola atingiram mesmo recordes históricos e encontrar uma residência com um preço acessível tornou-se numa tarefa quase impossível.






Contudo, há proprietários que estão a recusar aumentar as rendas. É o caso de David Romero, que tem um apartamento arrendado há três anos a um jovem casal.


"Chegamos a um ponto em que não há apartamentos para locais, é tudo para turismo. Os preços são exorbitantes", declarou ao jornal espanhol

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De acordo com o músico, o casal paga 500 euros por mês e pretende que assim continue porque tem “consciência social” e a sua intenção "não é ficar rico", mas sim pagar as suas despesas e deixar o imóvel como herança para a filha.


"As imobiliárias chamam-me louco por não querer aumentar o preço para 800 euros […] mas eu tenho consciência social. Quero ajudar um jovem casal a ter um projeto de vida. Se eu ouvir as imobiliárias eles não conseguem ser independentes, apesar de ambos trabalharem", sublinhou.


A entrevista ao Atlántico surgiu depois de David ter exposto no Twitter a sua experiência e esta se ter tornado viral. Nas redes sociais, o músico que se assume como “republicano, feminista e sempre antifascista”, explicou que comprou o apartamento, numa zona central de Vigo, com o dinheiro da herança da mãe.


"Quando a minha mãe morreu, fiquei com 1/5 do apartamento onde vivíamos. Com esse (pouco) dinheiro, cerca de 40 mil euros, comprei um apartamento (com uma hipoteca de 60 mil euros) e remodelei-o com as minhas próprias mãos", começou por escrever.


"Em quatro anos não lhes subi um cêntimo e não o farei. Quero-os por muitos anos e que tenham uma vida digna! Não saio prejudicado. Cubro os gastos e no futuro a minha filha poderá herdá-lo", explicou, acrescentando ao tweet a foto de uma troca de mensagens com os inquilinos onde estes se mostram muito satisfeitos com o apartamento e com a possibilidade de lá continuarem pela mesma renda que pagam há três anos.

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