TDT: mais de metade ainda enfrenta problemas de sinal

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Falhas no som e na imagem ou interrupções prolongadas na emissão afetam 62% dos lares que recebem a televisão digital terrestre. As conclusões são do nosso inquérito a 1714 portugueses.




Se o seu serviço não tem qualidade, reclame dedicado ao registo dos consumidores com problemas de qualidade na receção do sinal TDT. Reencaminharemos todas as situações à Portugal Telecom e daremos conhecimento à ICP-ANACOM para tratamento prioritário. Se já utilizou o formulário antes e continua com problemas na imagem, preencha uma nova queixa para apelar àquelas entidades para a solução do seu problema individual.
Sem prejuízo das medidas que venham a ser implementadas na sequência de um processo de consulta pública aberto pela ICP-ANACOM, as ações tardarão. Até lá, os consumidores têm o direito a aceder a este serviço com a qualidade exigível.
Problemas de imagem e custos como pontos negativos
Os números refletem o descontentamento para o qual alertamos ao longo de todo o processo da mudança para televisão digital terrestre (TDT). Digital significa retrocesso, entre quem acede via terrestre, com a tradicional antena no telhado: 62% dos inquiridos apontam falhas na receção do sinal. Falamos de mais de metade do grupo que representa perto de um milhão de lares no País, que permanece com o serviço gratuito.
Além dos problemas de receção de sinal, o custo da mudança é o segundo comentário negativo mais referido espontaneamente. A conta da adaptação para a TDT, via terrestre, ascendeu na maioria dos casos até 99 euros. Esta quantia não inclui despesas com um novo televisor, uma despesa a somar à fatura em 15% dos lares.
A informação divulgada durante o processo de transição também merece críticas: “má” ou “muito má” foi a nota atribuída por 45% da população que se mantém ligada ao sinal gratuito, mas que teve de comprar caixa descodificadora, trocar o televisor ou reorientar e alterar a antena. Na hora de esclarecer dúvidas sobre o tipo de cobertura na sua zona, mais de 40% dos portugueses com acesso à TDT recorreram a amigos, familiares e lojas da especialidade e instaladores da zona. Um terço dos inquiridos utilizaram os contactos das campanhas oficiais de esclarecimento. Cerca de 14% admitiram ter comprado equipamentos, desconhecendo que o sinal não estava disponível de igual forma em todo o País.
Uma mensalidade para evitar complicações
Durante a mudança, foram feitas várias denúncias de aproveitamento da TDT, pelas operadoras de telecomunicações, convencendo os portugueses a subscreverem um serviço de televisão pago. Esta prática foi mesmo condenada pela entidade reguladora ICP-ANACOM. Dos 71% de lares portugueses que têm televisão paga, mais de 5% tornaram-se clientes durante o último ano devido às dificuldades encontradas na mudança para a TDT ou porque consideraram ficar mais barato.
Reclamar para pressionar
Face aos problemas na rede, em maio de 2012, a ICP-ANACOM viu-se obrigada a atribuir uma licença temporária, entretanto renovada, à Portugal Telecom, responsável pela implementação da TDT, para ajustes na rede até maio de 2013. Mas mesmo com mais frequências disponíveis, os problemas continuam a afetar muitos portugueses, como demonstra o nosso estudo. Quase um ano depois do apagão total do sinal analógico de televisão, este diagnóstico não pode deixar indiferentes a Portugal Telecom, em primeira linha, nem a entidade reguladora ICP-ANACOM, à qual já enviámos as nossas preocupações e exigências.
Como recolhemos a opinião dos consumidores
Em novembro de 2012, foram entrevistados pessoalmente 1714 indivíduos, com 18 ou mais anos, residentes em lares privados em Portugal Continental. Em cada lar foi entrevistado apenas um indivíduo. Os resultados são representativos dos lares de Portugal Continental. A margem de erro da amostra é de ± 2,4% para um intervalo de confiança de 95 por cento.











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