Tem 55 anos, duas próteses (mas disse que tinha uma) e luta pela Ucrânia

Lordelo

Avensat
naom_62337352f325e.jpg

A invasão russa tem sido combatida pelas forças militares ucranianas, mas não sem a ajuda de civis que se vão juntando à luta.

Vasyl Shtefko da aldeia de Kushnytsia, distrito de Irshava - região de Transcarpathia - é uma dessas pessoas e a sua história foi contada na rede social Facebook, na página da Brigada 128 das Forças Armadas.

O homem de 55 anos, perdeu as duas pernas há anos e usa próteses, mas nem isso o demoveu de se voluntariar para ir para a linha da frente combater os russos.

"Vasyl Shtefko, de Kushnytsia, veio para a 128ª Brigada a fim de vencer os russos que se tornaram invasores, destruir as nossas infraestruturas, matar civis e comportar-se de forma pior do que os nazis", pode ler-se no post.

Em 2004, a trabalhar na Rússia, Stefko perdeu ambas as pernas e regressou a casa de muletas. E agora, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, foi lá que não pôde ficar.

"Não consegui dormir duas noites quando vi o que estava a acontecer", diz Vasyl. "Simplesmente não podia ficar em casa, reuni as minhas coisas pessoais e fui para o gabinete de alistamento militar. Confesso agora, menti lá ao mandamento, disse-lhes que só tinha uma prótese. E candidatei-me à 128.ª Brigada".

O homem diz que já serviu no exército antes e que dispara e conduz bem. "As pessoas que não veem as próteses nem sequer sabem que não tenho pernas. Aqui sou sargento e motorista, sirvo na companhia de apoio ao fogo. O meu pai também de forma 'ilegal' chegou à linha da frente durante a Segunda Guerra Mundial. Ele tinha 15 anos, mas disse que tinha 18 e foi para a guerra", conta o homem que tem mulher e filha de 11 anos à espera.

"Elas estão preocupadas, mas também orgulhosas por eu estar a defender o país...", contou.

IN:NM
 
Voltar
Topo