Lordelo
Avensat
Os madrugadores apresentam melhores níveis de açúcar no sangue, sugere uma pesquisa recente divulgada na conferência virtual ENDO 2021 organizada pela The Endocrine Society.
Comer de manhã cedo está associado a uma menor resistência à insulina e consequentemente a um menor risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Os resultados foram parte de um estudo sobre o jejum, mas os cientistas descobriram que havia benefícios em tomar o pequeno-almoço cedo, mesmo se estiver a jejuar.
A pesquisa indica que as pessoas que tomaram o pequeno-almoço mais cedo registavam índices mais baixos de açúcar no sangue e menos resistência à insulina, independentemente de terem restringido a sua ingestão alimentar a menos de 10 horas por dia (jejum intermitente).
Jejum intermitente
Dados de 10.575 adultos norte-americanos de uma pesquisa nacional sobre saúde e nutrição foram analisados para verificar se havia um padrão entre a hora da refeição e os níveis de açúcar no sangue e insulina.
Verificou-se que o jejum intermitente, ou comer durante uma janela restrita de 10 horas ou menos, foi associado a maior resistência à insulina. Isso significa que as pessoas que jejuavam eram menos sensíveis à insulina, uma hormona que regula o nível de açúcar no sangue. A resistência à insulina é um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2.
No entanto, verificou-se que as pessoas que ingeriram a sua primeira refeição antes das 8h30 apresentavam um menor nível de resistência à insulina, independentemente de jejuarem ou não.
Enquanto o jejum não parecia importar para os níveis de açúcar no sangue, tomar o pequeno-almoço cedo sim. As pessoas que comeram até às 8h30 tinham níveis mais baixos de açúcar no sangue, sugerindo que a refeição da manhã tinha mais benefícios metabólicos em geral.
Assim, os dados apurados sugerem que o momento de ingestão de alimentos está fortemente associado a medidas metabólicas.
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