Três detidos pela morte de nove pessoas em tiroteio no Equador

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Um dos detidos, conhecido pelo apelido de "Coco", é membro da quadrilha criminosa Los Tiguerones, segundo adiantou esta quarta-feira o Presidente do Equador, Guillermo Lasso, durante o anúncio da operação.


"Supõe-se que tenha participado no ataque de ontem [terça-feira] em Esmeraldas. Deu-nos informações sobre os outros. As buscas continuam", realçou Lasso.

Já o ministro do Interior, Juan Zapata, explicou que foram realizadas mais de 75 operações na área de Esmeraldas e que foi localizado um dos barcos em que o grupo armado invadiu o porto.

Zapata assegurou que as autoridades têm "absolutamente claro quem são os responsáveis materiais e intelectuais do ato terrorista".

"Está absolutamente claro quem são. Sabemos quem operava as armas de curto alcance e longas. A Polícia e as Forças Armadas não vão descansar enquanto não forem detidos e apresentados perante a Justiça", acrescentou.

O ministro equatoriano reiterou que se mantém a hipótese de que o massacre ocorreu devido a uma disputa entre duas quadrilhas do crime organizado pelo controlo de territórios na região de Esmeraldas, província do litoral norte do Equador que faz fronteira com a Colômbia.

"Havia um objetivo claro de intimidar uma pessoa, o que não conseguiram, e começaram a atirar à queima-roupa", destacou Zapata.

O líder do Ministério do Interior também atribuiu esta ação ao combate às drogas realizado nesta área, que faz parte da rota da cocaína que é exportada para outros países através de vários portos equatorianos, como Guayaquil.

Nesse sentido, detalhou que mais de quatro toneladas de drogas foram apreendidas em Esmeraldas desde o início de 2023, das quais 1,2 toneladas foram apreendidas nas últimas três semanas.

O massacre ocorreu por volta das 09:00 (14:00 em Lisboa) de terça-feira, quando cerca de 30 pessoas fortemente armadas invadiram o porto de pesca em veículos e barcos e começaram a atirar indiscriminadamente contra as pessoas presentes.

No momento do ataque, havia entre 1.500 e 2.000 pessoas no local, segundo dados do Ministério do Interior, e algumas saltaram para a água para fugir do local, mas também foram atingidas por balas.

No total, foram encontrados mais de 200 cartuchos de balas de 9 e 223 mm.

O tiroteio no porto pesqueiro de Esmeraldas ocorre num momento em que casos de assassinatos, assaltos e extorsões ressoam diariamente em várias cidades do país, abalado durante anos por uma onda de insegurança e o aparecimento de grupos criminosos que têm ultrapassado o controlo das forças de segurança.



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