O ex-presidente norte-americano Donald Trump está a tentar impedir que uma polémica gravação sua seja usada como prova num processo de difamação, que está marcado para o próximo mês, segundo uma moção apresentada no tribunal na quinta-feira.
A campanha de Donald Trump em 2016 ficou fortemente marcada pela divulgação de uma gravação ao programa 'Access Hollywood', na qual o empresário fez declarações misóginas e que promovem um comportamento de assédio sexual e de desrespeito pelo consentimento das mulheres com quem estivera.
"Eu nem espero. Eu começo logo a beijá-las. É como um íman. Se és uma estrela, elas deixam-te fazer o que tu quiseres. Podes fazer tudo, amarrá-las pela vagina, podes fazer tudo", disse em 2005, o antigo presidente.
Trump também se gabou de outros 'feitos' sexuais e de negas de mulheres, que recusaram os seus avanços violentos.
Apesar da polémica e de várias outras acusações de assédio sexual, Trump acabaria por vencer a corrida à Casa Branca em 2016.
Agora, no âmbito de um processo de difamação pela antiga colunista E. Jean Carroll, que está a processar Donald Trump por este ter negado tê-la violado numa loja nos anos 90, a defesa do magnata norte-americano argumenta que as declarações não estão relacionadas com a acusação.
Numa declaração citada pela ABC News, a advogada de Trump, Alina Habba, escreveu que "a conduta descrita na gravação, que o arguido nega alguma vez ter acontecido, terá ocorrido dez anos depois do incidente em causa e não reflete o tipo de conduta única e distintiva que pode ser usada contra o defensor para o isolar como a única pessoa capaz de cometer estes atos".
Habba reiterou ainda que Carroll, ao "continuar com esta procura para que a gravação seja admitida, tornou claro quer converter este julgamento num referendo ao caráter do arguido e distrair o júri de determinar os fatos relacionados com o caso".
Por outro lado, a acusação da antiga colunista da revista Elle apontou que os comportamentos descritos por Trump na gravação são uma prova do seu próprio caráter e um exemplo do que este fez a E. Jean Carroll.
O julgamento está agendado para começar no dia 25 de abril, aguardando-se por uma decisão de um tribunal de Washington D.C. que determinará se Trump estava a agir na qualidade de presidente dos Estados Unidos quando negou, pela primeira vez, os factos descritos pela acusação.
O processo de difamação é mais uma das várias acusações de assédio sexual e agressões de natureza sexual de que Trump tem sido acusado ao longo dos anos, fora os restantes casos sobre a sua ação como presidente, em torno da invasão ao Capitólio, em janeiro de 2021.
Apesar disto tudo, Donald Trump não desiste de tentar voltar à Casa Branca e já anunciou a sua candidatura à presidência dos Estados Unidos, mantendo-se como um dos principais favoritos à nomeação pelo Partido Republicano.
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"Eu nem espero. Eu começo logo a beijá-las. É como um íman. Se és uma estrela, elas deixam-te fazer o que tu quiseres. Podes fazer tudo, amarrá-las pela vagina, podes fazer tudo", disse em 2005, o antigo presidente.
Trump também se gabou de outros 'feitos' sexuais e de negas de mulheres, que recusaram os seus avanços violentos.
Apesar da polémica e de várias outras acusações de assédio sexual, Trump acabaria por vencer a corrida à Casa Branca em 2016.
Agora, no âmbito de um processo de difamação pela antiga colunista E. Jean Carroll, que está a processar Donald Trump por este ter negado tê-la violado numa loja nos anos 90, a defesa do magnata norte-americano argumenta que as declarações não estão relacionadas com a acusação.
Numa declaração citada pela ABC News, a advogada de Trump, Alina Habba, escreveu que "a conduta descrita na gravação, que o arguido nega alguma vez ter acontecido, terá ocorrido dez anos depois do incidente em causa e não reflete o tipo de conduta única e distintiva que pode ser usada contra o defensor para o isolar como a única pessoa capaz de cometer estes atos".
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O julgamento está agendado para começar no dia 25 de abril, aguardando-se por uma decisão de um tribunal de Washington D.C. que determinará se Trump estava a agir na qualidade de presidente dos Estados Unidos quando negou, pela primeira vez, os factos descritos pela acusação.
O processo de difamação é mais uma das várias acusações de assédio sexual e agressões de natureza sexual de que Trump tem sido acusado ao longo dos anos, fora os restantes casos sobre a sua ação como presidente, em torno da invasão ao Capitólio, em janeiro de 2021.
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