Lordelo
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"A Europa tem algumas das maiores taxas de incidência de cancro da bexiga, mas o conhecimento da doença ainda é alarmantemente baixo", de acordo com um novo estudo da Associação Europeia de Urologia (EAU), citado em comunicado.
A investigação, que analisou o conhecimento sobre o cancro da bexiga e os seus principais sintomas, entre os adultos europeus, mostrou que quase 60% dos adultos europeus não estão familiarizados com a doença ou não sabem o quão grave pode ser.
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Uma mudança na cor da urina ou sangue na urina são, geralmente, os primeiros sinais de cancro da bexiga e devem levar a uma visita imediata a um médico. No entanto, mais da metade (55%) dos inquiridos não sabia que estas alterações poderiam ser uma indicação precoce de cancro da bexiga.
Um diagnóstico precoce pode melhorar significativamente os resultados do tratamento. Uma das primeiras indicações mais comuns é a presença de sangue na urina. De acordo com o estudo, 75% dos adultos nem sempre verificam a mudança de cor da urina, com 22% a afirmarem que raramente ou nunca observam a urina.
Este novo estudo mostrou ainda que os adultos não estão dispostos a procurar aconselhamento médico, mesmo que notem sintomas. 20% dos participantes disseram que esperariam uma semana ou mais antes de falar com um médico ou profissional de saúde, se notassem uma mudança na cor da urina, de amarelo para laranja, rosa ou vermelho. O motivo mais comum, para não procurar aconselhamento médico imediato, era esperar que o problema melhorasse por si só.
O cancro da bexiga é o quinto cancro mais comum na Europa, afetando mais de 200 mil pessoas todos os anos. É causado por alterações nas células da bexiga e muitas vezes está associado à exposição a certos produtos químicos. Fumar, por exemplo, foi identificado como o maior fator de risco. Os sintomas comuns geralmente estão associados à urina e incluem sangue na urina, alterações na cor da urina, dor ao urinar e micção frequente, entre outros.
Em comunicado, Sanches Magalhães, do Instituto de Terapia Focal da Próstata, explica que "com o cancro da bexiga, a detecção precoce é crucial, pois permite melhores taxas de sobrevivência. Os pacientes diagnosticados no estado I têm 80% de chance de sobrevivência a cinco anos, em comparação com 40% no estado III. Há uma necessidade urgente em aumentar a educação pública em torno da sensibilização para os sintomas do cancro da bexiga e a necessidade de consultar um especialista, tal como um urologista".
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