Turquia. Partido do candidato da oposição admite contestar resultados

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"Os resultados ainda não são claros. É cedo para dizer algo, mas depende do nosso sistema de contagem de votos. Não confiamos na agência Anadolu [agência estatal controlada pelo Governo] ou outras", referiu Oguz Kaan Salici, vice-presidente do Partido Republicano do Povo e apontado como o provável sucessor do atual líder e candidato presidencial, Kemal Kiliçdaroglu.


Os resultados das eleições presidenciais que decorram no domingo na Turquia e que opuseram o líder do CHP ao chefe de Estado cessante, Recep Tayyip Erdogan, ainda não são claros, com a generalidade dos comentadores a apontarem para uma segunda volta.

"Vamos recolher os nossos dados e provavelmente dentro de algumas horas teremos todos os resultados", indicou, em declarações na sede do CHP, em Ancara, junto a uma entrada com barreiras policiais e onde se concentraram dezenas de apoiantes do partido, que agitavam bandeiras da Turquia e ecoavam "Justiça e Liberdade".

"Vamos verificar os números divulgados pelo Conselho supremo eleitoral e temos um dia para contestar os resultados das presidenciais e dois dias para o sistema parlamentar. Possivelmente, o AKP também avançará com objeções até à divulgação dos resultados finais", acrescentou o vice-presidente do partido.

Antes, numa breve declarações, o dirigente do CHP já tinha prometido que iria permanecer na sede partidária até à clarificação dos resultados, quando faltavam ainda apurar cerca e 7,5 milhões de votos.

As assembleias de voto para eleger um Presidente e um parlamento na Turquia encerraram às 15:00 de domingo (17:00 locais), tendo as eleições decorrido sem incidentes.

Desde as 08:00 locais (05:00 em Lisboa), cerca de 61 milhões de eleitores puderam exercer o direito de voto nas 192.000 urnas distribuídas pelas 81 províncias do país, com um sexto dos eleitores a votarem na região de Istambul.

A adesão às urnas não foi divulgada, mas vários órgãos de comunicação social avançaram que a afluência às urnas terá sido mais elevada do que o habitual, num país em que normalmente ultrapassa os 80%.

O Conselho supremo eleitoral anunciou que divulgaria os resultados provisórios na noite de domingo, o que ainda não aconteceu, mas a contagem final oficial apenas será anunciada na sexta-feira.

Para as eleições legislativas concorreram 24 partidos, a maioria em coligações para tentarem ultrapassar a barreira mínima dos 7% que permite a eleição de deputados para a Grande Assembleia Nacional (Parlamento), com 600 lugares.

O Partido da Justiça e do Desenvolvimento e a sua coligação Aliança Popular repetiram a maioria que já possuíam no anterior Parlamento.

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