Ucrânia. Artilharia ucraniana afeta reabastecimento das forças russas

Lordelo

Avensat
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A Ucrânia anunciou, na segunda-feira, uma contraofensiva em várias frentes no sul do país, mas a Rússia disse que repeliu os ataques ucranianos em Kherson e Mykolaiv.






"Várias brigadas das forças armadas ucranianas aumentaram o alcance dos ataques de artilharia em setores da linha da frente no sul da Ucrânia", disse o Ministério da Defesa britânico numa atualização da informação sobre o conflito, disponibilizada na rede social Twitter.


Segundo a Defesa britânica, "os ataques de precisão de longo alcance ucranianos continuam a perturbar o reabastecimento russo".


No entanto, acrescentou, "ainda não é possível confirmar a extensão dos avanços ucranianos".


A Defesa britânica disse ainda que as forças russas têm estado a tentar reforçar as suas forças em Kherson desde o início de agosto.


Mas a maioria das unidades russas na região "dependem de frágeis linhas de abastecimento por ferry e pontões" através do rio Dnipro, referiu.


A presidência ucraniana disse hoje que têm estado a ocorrer "combates intensos" em quase todo o território da região de Kherson, sob ocupação russa.


Em Kharkiv (leste), a segunda maior cidade da Ucrânia, quatro pessoas morreram hoje devido a bombardeamentos russos, anunciou o governador regional, Oleg Synegoubov.


Os bombardeamentos atingiram o centro da cidade e provocaram ainda quatro feridos, disse Synegoubov numa mensagem na rede social Telegram, segundo a agência francesa AFP.


Na sua mensagem diária aos ucranianos, na segunda-feira à noite, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, prometeu que as forças armadas lutarão até que os invasores sejam expulsos do país.


"Vamos expulsá-los para a fronteira. Para a nossa fronteira, cuja linha não mudou. Os invasores conhecem-na bem", disse Zelensky, referindo-se também à Crimeia, que a Rússia anexou em 2014.


Zelensky sugeriu aos militares russos que regressem a casa ou se rendam, garantindo que serão tratados como prisioneiros de guerra.


"Se quiserem sobreviver, é tempo de os militares russos fugirem. Vão para casa. Se tiverem medo de regressar à vossa casa na Rússia - bem, que tais ocupantes se rendam e nós garantiremos o cumprimento de todas as normas das Convenções de Genebra", disse.


"Não haverá lugar para eles [ocupantes russos] em terras ucranianas", acrescentou Zelensky.


Desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro, as duas partes têm divulgado dados sobre os combates e as suas consequências, mas grande parte da informação carece de confirmação independente.


Diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que o custo da guerra em vidas humanas será consideravelmente elevado, além da destruição de infraestruturas do país.


Outra linha de preocupação é a segurança das centrais nucleares ucranianas, em particular a de Zaporijia (sudeste), que está sob controlo russo desde o início de março.


Kiev e Moscovo têm-se acusado mutuamente de ataques contra a central, fazendo recear um desastre nuclear.


O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), com sede nos Estados Unidos, divulgou hoje uma fotografia por satélite em que se veem veículos de combate russos "aparentemente abrigados sob a infraestrutura" da central, próximo de um dos seis reatores nucleares.


A imagem por satélite foi distribuída pela empresa norte-americana de tecnologia espacial Maxar Technologies, segundo o ISW.


Uma missão de peritos da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), com sede em Viena, deverá chegar no final da semana à central de Zaporijia para verificar as condições de segurança.

IN:NM
 
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