O anúncio, feito pelo ministro Herman Halushchenko, que assegurou que a Ucrânia não só estava a satisfazer as suas necessidades internas como estava pronta para recomeçar as exportações, foi uma mensagem clara sobre o falhanço dos russos na sua tentativa de enfraquecer a Ucrânia, através de ataques às suas infraestruturas.
A procura doméstica ucraniana está "100%" satisfeita, disse, em entrevista à Associated Press, acrescentando que tem reservas para exportar, graças ao "trabalho titânico" dos seus engenheiros e parceiros internacionais.
A Federação Russa aumentou os ataques às infraestruturas ucranianas em setembro, quando vagas de mísseis e drones ditos suicidas destruíram cerca de metade do sistema de energia da Ucrânia.
Os cortes de energia no país tornaram-se comuns, com as temperaturas a caírem para graus negativos e dezenas de milhões de pessoas a esforçarem-se para se aquecerem.
Os dirigentes do Kremlin justificaram os ataques com a intenção de enfraquecer a capacidade da Ucrânia se defender, mas os ocidentais contra-argumentaram com a acusação de os russos quererem causar sofrimento nos civis e que os ataques, ao causarem cortes de energia, correspondiam a crimes de guerra. Os ucranianos consideraram que a altura escolhida para os bombardeamentos foi pensada para destruir a moral das populações.
A Ucrânia teve de interromper as exportações de eletricidade em outubro, para satisfazer a procura interna.
Os engenheiros trabalharam sem parar, arriscando a sua vida com frequência, para pôr as centrais a funcionar e garantir o fornecimento contínuo de energia.
Os aliados de Kiev também deram uma ajuda. Em dezembro, o secretário de Estado dos EUA; Antony Blinken, anunciou uma ajuda de 53 milhões de dólares para a Ucrânia comprar equipamentos para a rede elétrica.
O primeiro país a importar energia ucraniana vai ser a Moldávia, avançou Halushchenko. Devem seguir-se Polónia, Eslováquia e Roménia, acrescentou.
A cem euros por megawatt hora, o rendimento mensal ucraniano com estas exportações pode atingir 30 milhões de euros.
A Ucrânia começou a vender eletricidade aos vizinhos europeus em junho, como um esforço para sair da esfera de influência da Federação Russa. A sincronização das linhas de transporte foi feita em março de 2022, pouco depois de começar a invasão russa.
Os engenheiros aceleraram o professo para ligar a Ucrânia à rede continental, o que permitiu que acabasse com a ligação do seu sistema elétrico ao russo. A Moldávia foi acrescentada posteriormente. Antes, a Ucrânia e a Moldávia integravam um sistema de partilha de energia que incluía a Federação Russa e a Bielorrússia.
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Os engenheiros trabalharam sem parar, arriscando a sua vida com frequência, para pôr as centrais a funcionar e garantir o fornecimento contínuo de energia.
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O primeiro país a importar energia ucraniana vai ser a Moldávia, avançou Halushchenko. Devem seguir-se Polónia, Eslováquia e Roménia, acrescentou.
A cem euros por megawatt hora, o rendimento mensal ucraniano com estas exportações pode atingir 30 milhões de euros.
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