As autoridades ucranianas estão a investigar, por suspeitas de corrupção, altos funcionários militares em dois casos separados, informaram esta quinta-feira funcionários governamentais do país, reporta a Reuters.
No primeiro dos casos citados, o Gabinete de Investigação do Estado (SBI) explicou que um tribunal tinha ordenado a detenção de um antigo vice-ministro da Defesa, suspeito de estar envolvido em compras ministeriais de alimentos a preços inflacionados e de equipamento de baixa qualidade para os militares.
A mesma fonte revelou, ainda, que o suspeito ficaria detido durante dois meses, a não ser que pagasse uma fiança de mais de 10 milhões de euros.
A declaração oficial surge na sequência da demissão do vice-ministro da Defesa, Vyacheslav Shapovalov, no mês passado, após terem sido difundidas notícias que davam conta de que o Ministério da Defesa era, efetivamente, suspeito de comprar alimentos a preços inflacionados.
No segundo dos casos, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) explicou ter acusado dois funcionários da administração militar na cidade oriental de Sumy do desvio de fundos destinados à reconstrução de infraestruturas.
"A SBU expôs e bloqueou um esquema de corrupção em larga escala", explicou uma declaração, acrescentando que os dois homens tinham deliberadamente inflacionado os preços pagos pelos materiais de construção e ,depois, ficado com a diferença. De acordo com a mesma fonte, um total de 80 incidentes desta natureza estão a ser investigados.
A SBU adiantou ainda ter acusado um homem de vender ilegalmente partes de submarinos à Rússia antes do início da guerra; e ter detido um "grupo criminoso" que acusara de desviar fundos estatais através da venda de ovos a preços excessivos, e outros alimentos, a oficiais da defesa.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez, inclusive, uma referência ao tema do combate à corrupção num discurso em vídeo, divulgado esta quinta-feira. "Continuamos a nossa luta contra o inimigo interno", começou por dizer, prometendo "novos passos" nesse sentido. Isto depois de ter já dito, por várias vezes, que Ministério da Defesa precisa de estar imune a fenómenos desta natureza.
Em causa está uma iniciativa que surge numa altura em que o governo de Kyiv está a encetar esforços para acelerar o processo de adesão do país à União Europeia - que fez do combate à corrupção um requisito para que tal acontecesse.
Recorde-se que está prevista, para sexta-feira, a primeira cimeira em solo ucraniano desde o início da guerra, que contará com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de modo a demonstrar o apoio do bloco europeu ao país invadido pela Rússia.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou a vida a, pelo menos, 7.110 civis, com outros 11.547 a terem ficado feridos, de acordo com os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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A mesma fonte revelou, ainda, que o suspeito ficaria detido durante dois meses, a não ser que pagasse uma fiança de mais de 10 milhões de euros.
A declaração oficial surge na sequência da demissão do vice-ministro da Defesa, Vyacheslav Shapovalov, no mês passado, após terem sido difundidas notícias que davam conta de que o Ministério da Defesa era, efetivamente, suspeito de comprar alimentos a preços inflacionados.
No segundo dos casos, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) explicou ter acusado dois funcionários da administração militar na cidade oriental de Sumy do desvio de fundos destinados à reconstrução de infraestruturas.
"A SBU expôs e bloqueou um esquema de corrupção em larga escala", explicou uma declaração, acrescentando que os dois homens tinham deliberadamente inflacionado os preços pagos pelos materiais de construção e ,depois, ficado com a diferença. De acordo com a mesma fonte, um total de 80 incidentes desta natureza estão a ser investigados.
A SBU adiantou ainda ter acusado um homem de vender ilegalmente partes de submarinos à Rússia antes do início da guerra; e ter detido um "grupo criminoso" que acusara de desviar fundos estatais através da venda de ovos a preços excessivos, e outros alimentos, a oficiais da defesa.
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A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou a vida a, pelo menos, 7.110 civis, com outros 11.547 a terem ficado feridos, de acordo com os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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