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Um estudo feito pela Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, no Brasil, revela que a terceira dose da vacina contra a Covid-19 tem a capacidade de neutralizar a variante Ómicron. Segundo os cientistas, os vacinados têm mais anticorpos capazes de neutralizar o vírus.
"Ainda que alguns dos testados previamente infetados pudessem apresentar uma maior quantidade de anticorpos que reconhecia o vírus, os vacinados com três doses apresentavam uma melhor qualidade de anticorpos, ou seja, que não apenas reconheciam como efetivamente neutralizavam o SARS-CoV-2", explica o professor Jaime Henrique Amorim, em declarações à FAPESP.
Os dados analisados foram recolhidos entre janeiro e março de 2022, durante um surto de Covid-19 causado pela variante Ómicron na Bahia. Entre os participantes infectados pela estirpe, 80% não tinham sido vacinados com a terceira dose do imunizante.
De acordo com os investigadores, os anticorpos presentes nos vacinados são capazes de neutralizar a Ómicron, o que não acontece com as células de defesa de quem não completou o esquema vacinal ou não foi imunizado com nenhuma das doses da vacina.
Os cientistas também analisaram a importância de uma quarta dose. "Aparentemente, a quarta dose é tão importante como a terceira. Enquanto novas vacinas feitas especialmente para as novas variantes não estão disponíveis, é fundamental manter os níveis de anticorpos neutralizantes altos na população, o que só se consegue com as doses adicionais", afirma um dos autores do estudo, Robert Andreata-Santos.
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