Lordelo
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Segundo dois novos estudos apresentados na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer e citados pela CNN, as vacinas contra a gripe e a pneumonia podem, não apenas reduzir o risco de sofrer uma infeção desagradável, mas também de desenvolver a doença de Alzheimer no futuro.
"Esta é uma descoberta encorajadora que se baseia em evidências anteriores de que a vacinação contra infeções comuns - como a gripe - está associada a um risco reduzido de Alzheimer e um atraso no início da doença", disse o neurologista (sem relação aos estudos) Richard Isaacson, citado pela CNN. "O uso regular da vacina contra a gripe, especialmente a partir de tenra idade, pode ajudar a prevenir infeções virais que podem causar efeitos em cascata no sistema imunitário e nas vias inflamatórias. Essas infeções virais podem desencadear declínio cognitivo relacionado à doença de Alzheimer", acrescentou.
Vacina contra gripe
O primeiro estudo, apresentado por Albert Amran, um estudante de medicina da Universidade do Texas, examinou um grande conjunto de registos de saúde americanos de mais de 9.000 pacientes com mais de 60 anos. Os investigadores descobriram que a vacinação contra uma gripe estava associada a uma redução de 17% na incidência de Alzheimer. Aqueles que foram vacinados mais do que uma vez ao longo dos anos tiveram uma redução adicional de 13% na incidência. A associação protetora parece ser mais forte para aqueles que receberam a sua primeira vacina numa idade mais jovem, por exemplo, com 60 anos ou 70 anos.
Vacina contra pneumonia
O segundo estudo examinou as associações entre a vacina da pneumonia e o risco de Alzheimer. O estudo analisou mais de 5.000 pessoas com mais de 65 anos. Alguns dos participantes tinham um factor de risco genético conhecido para a doença de Alzheimer: o alelo rs2075650 G no gene TOMM40.
Os investigadores descobriram que levar a vacina da pneumonia entre os 65 e 75 anos reduziu o risco de desenvolver a doença de Alzheimer em 25 a 30%. No entanto, a maior redução no risco de Alzheimer - até 40% - foi observada entre as pessoas vacinadas contra pneumonia que não tinham o gene de risco.
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