Carlos Sá, com o número 61, venceu a prova norte-americana
Sem poder estar pessoalmente com Carlos Sá no momento da vitória na ultramaratona Badwater, nos EUA, Paulo Pires, treinador do atleta português, acompanhou à distância pela Internet e por telefone o desenrolar de um feito "extraordinário".
Na prova norte-americana, que Paulo Pires classifica como "os Jogos Olímpicos da ultramaratona de estrada", o português foi o primeiro atleta a vencer no ano de estreia.
Tal feito sublinha as caraterísticas deste ultramaratonista, acredita o treinador, que é perentório a afirmar que "não há ninguém a nível mundial tão eclético com Carlos Sá".
A preparação específica para esta prova de resistência começou há três meses, mas o atleta de Barcelos está há apenas um semana nos EUA para se adaptar ao clima do local.
"A distância, a temperatura e a humidade baixa" são os principais problemas que os atletas enfrentam na corrida de 217 quilómetros, onde as temperaturas ultrapassam os 50º centígrados.
Acompanhado de uma equipa de cinco pessoas, Carlos Sá contou apenas com a ajuda destes elementos durante as mais de 24 horas de corrida, já que nesta prova a "organização não fornece qualquer tipo de ajuda aos corredores".
A participação nesta prova, onde só se compete por convite, faz parte de um projeto bianual, que pretende afirmar Carlos Sá como o mais completo ultramaratonista do mundo, revelou ao JN Paulo Pires.
Depois desta corrida, os próximos objetivos até ao final de 2014 passam pela participação no Ultra Trail de Montblac, na corrida dos Quatro Desertos e na Maratona Polar. O português quer também bater o recorde de ascensão numa montanha com oito mil metros, nos Himalaias.
O atleta de 39 anos já tinha batido este ano o recorde do Mundo na ascensão ao Monte Aconcágua, na Argentina, o ponto mais alto da América e de todo o hemisfério sul, com 6.962 metros de altitude, e sido sétimo na Maratona das Areias.
Na edição deste ano da Badwater, estavam presentes o recordista da prova, assim como o vencedor do ano anterior.
JN