Lordelo
Avensat
Uma mulher, de 48 anos, deslocou-se à esquadra da polícia na noite de quarta-feira, em Campo Grande, no estado brasileiro de Mato Grosso do Sul, depois de descobrir que o marido, infetado com Covid-19 e prestes a ser intubado estava num hospital particular acompanhado pela "namorada".
Segundo o G1, que cita o registo da ocorrência, a vítima é casada com um bombeiro há 20 anos e têm uma filha em comum. Tinha recebido um telefonema do marido durante a tarde, enquanto estava no trabalho, a dizer que estava com Covid-19 e que ia ao hospital, mas que "não precisava de ir ter com ele, pois já se sentia melhor".
Apesar do pedido do marido, dirigiu-se na mesma ao hospital por estar preocupada. Mas ao chegar ao local, soube pelos funcionários do hospital que o paciente estava "acompanhado pela namorada". Soube ainda que o marido poderia ser intubado, tendo em conta que o seu estado de saúde estava a deteriorar-se.
Depois de aguardar no hospital até encontrar a mulher, terá descoberto que a amante era uma amiga sua. Conseguiu depois conversar com o bombeiro que lhe terá dito que a partir desse dia a outra mulher, cujo nome foi mantido sob anonimato, cuidaria das suas coisas.
"Pode ir embora, cuida da sua vida", acrescentou ainda, segundo se pode ler no registo citado pelo jornal brasileiro.
A "namorada" ficou assim encarregue dos documentos, bem como dos cartões de crédito e do telemóvel do paciente. O caso foi registado na esquadra como boletim de ocorrência de preservação de direito - um documento feito e registado na polícia no Brasil que serve apenas para comunicar factos às autoridades, não querendo dizer que seja um facto criminal.
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