Voluntários da AMI a caminho da ilha de Leyte nas Filipinas

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Dois voluntários portugueses da AMI encontram-se hoje em trânsito para a ilha de Leyte, a mais afectada pela passagem do tufão Haiyana na passada sexta-feira, nas Filipinas, para uma missão exploratória, disse à Lusa o presidente da organização.

"Por acaso tínhamos dois voluntários nas Filipinas, na ilha ao lado de Leyte. Hoje vão de 'ferry' para a outra ilha e depois ainda têm uma viagem de duas horas de autocarro pela frente. Vão numa missão exploratória saber como estão as coisas na cidade de Tacloban, a mais afectada pelo tufão", disse, em declarações à agência Lusa, o presidente da Assistência Médica Internacional (AMI), Fernando Nobre.

De acordo com o responsável, os dois voluntários vão criar um contacto com as autoridades locais e igreja católica para determinar as adversidades que se vivem na cidade.

"Em 35 anos nunca ouvi tantos dados contraditórios. O número de mortes é muito variável, vai dos 1.500 confirmados a mais de 10 mil", adiantou Fernando Nobre, acrescentando que o cenário descrito é de "grande destruição".

Em Tacloban, capital da província de Leyte, o Haiyan deixou um rasto de destruição total, após atingir a cidade com rajadas de vento de até 315 quilómetros por hora e causar uma subida do nível do mar superior a dois metros, na manhã de sexta-feira.

De acordo com o superintendente Elmer Soria, a destruição abrangeu 80% das estruturas de Tacloban, para onde as autoridades destacaram tropas do Exército.

"A equipa vai saber em várias linhas onde poderá ser mais útil. Primeiro irá ver como estão as acessibilidades e telecomunicações, já que parece que o aeroporto só está aberto a aviões militares, segundo água e saneamento, terceiro medicamentos, quarto alimentação, quinto abrigos e sexto a protecção", enumerou Fernando Nobre a propósito da lista de reconhecimentos no local da tragédia.

A direcção da AMI reuniu hoje de emergência e decidiu, além do envio para o local dos dois voluntários, apelar aos donativos para o fundo de emergência da organização não-governamental.

Fernando Nobre adiantou ainda à Lusa a possibilidade de aos dois voluntários nas Filipinas juntar-se um médico como reforço da equipa.

Lusa/SOL
 
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