Zelensky participou por videoconferência numa ação sobre o dia lituano-ucraniano celebrado pelo campus polaco Colégio da Europa, onde falou juntamente com o seu homólogo lituano, Gitanas Nauseda.
Ambos os chefes de Estado sublinharam o "espaço de liberdade" que a União Europeia (UE) significa e valoriza, como a democracia.
Mas, lembrou Zelensky, "de vez em quando cabe a uma geração defender com as armas", porque "surgirão sempre tiranias que ameaçam" a liberdade.
Nas respostas às questões colocadas pelos alunos desta escola diplomática, o governante ucraniano exortou-os a, quando "fizerem parte da burocracia de Bruxelas", a terem "consciência de que algumas instituições europeias devem ser renovadas para trabalhar mais rapidamente".
Zelensky assegurou-lhes ainda que "serão bem-vindos se quiserem aplicar os seus conhecimentos no futuro", numa Ucrânia pertencente à UE.
Falando desde Kiev, o governante assumiu que sempre que participa numa cimeira internacional espera "a entrega de mais armas" para a Ucrânia, mas referiu que "também são necessárias armas políticas: sanções".
"Queremos fazer parte da UE, também em termos filosóficos e de princípios. Nenhum país pode vencer uma guerra como esta sozinho. Mas todos juntos podemos derrotar qualquer tirania", frisou Zelensky.
O Presidente da Ucrânia abordou ainda a necessidade de "lutar contra a corrupção e a oligarquia" no seu país, e prometeu mudanças na Justiça e na administração ucraniana, bem como a digitalização de todos os processos públicos quando a guerra terminar.
Por fim, Zelensky aludiu às "ambições russas" das quais "todos os países que estavam sob influência soviética" estavam cientes e advertiu que, caso pudesse, "a Rússia não pararia na Ucrânia".
"A Espanha é um dos países que não deve aceitar o risco de aceitar uma Rússia agressiva", acrescentou.
A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento e ajuda económica e humanitária para Kiev e a imposição à Rússia de sanções políticas e económicas sem precedentes.
A guerra causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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Nas respostas às questões colocadas pelos alunos desta escola diplomática, o governante ucraniano exortou-os a, quando "fizerem parte da burocracia de Bruxelas", a terem "consciência de que algumas instituições europeias devem ser renovadas para trabalhar mais rapidamente".
Zelensky assegurou-lhes ainda que "serão bem-vindos se quiserem aplicar os seus conhecimentos no futuro", numa Ucrânia pertencente à UE.
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"Queremos fazer parte da UE, também em termos filosóficos e de princípios. Nenhum país pode vencer uma guerra como esta sozinho. Mas todos juntos podemos derrotar qualquer tirania", frisou Zelensky.
O Presidente da Ucrânia abordou ainda a necessidade de "lutar contra a corrupção e a oligarquia" no seu país, e prometeu mudanças na Justiça e na administração ucraniana, bem como a digitalização de todos os processos públicos quando a guerra terminar.
Por fim, Zelensky aludiu às "ambições russas" das quais "todos os países que estavam sob influência soviética" estavam cientes e advertiu que, caso pudesse, "a Rússia não pararia na Ucrânia".
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