Ciclismo - Volta a Portugal 2024

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Volta a Portugal: Rafael Reis vence prólogo em Águeda

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Português de 32 anos vence ronda inaugural da 'Grandíssima' pela 4.ª vez consecutiva, sendo a sexta da carreira; colega de equipa Julius Johansen (Sabgal) foi 2.º e Tyler Stites (Echelon Racing) acabou em 3.º

Está encontrado o primeiro ciclista a vestir a camisola amarela da 85.ª edição da Volta a Portugal! Tal como aconteceu nos três anos anteriores, foi o especialista em contrarrelógio, Rafael Reis (Sabgal-Anicolor), que voltou a destacar-se sob o forte calor que se sentiu em Águeda, naquela que também é a sexta vez que vence a ronda inaugural da Grandíssima.

Foi com uma volta de 6.48,046 minutos que o português de 32 anos percorreu os 5,5 quilómetros, batendo o colega de equipa, Julius Johansen, por apenas 0,082 segundos, relegando o dinamarquês para o 2.º lugar, mas à frente do norte-americano Tyler Stites (Echelon Racing), em 3.º, que terminou a seis segundos (6.55 m) de Reis.

«Foi uma volta muito boa. É um exercício que vou sempre preparando ao longo da época e é um objetivo em todas as temporadas: vencer o prólogo da Volta a Portugal. Tive uma preparação muito boa com o Julius [Johansen] e o Mauricio [Moreia], em Águeda, na sede da nossa equipa e, por isso, estou muito contente por conseguir dar a vitória aos aguedenses», destacou após a corrida.

E por falar em Mauricio Moreira, o uruguaio que é visto com um dos principais candidatos à conquista da geral, tinha poucas expetativas em ser o mais rápido deste aperitivo da Grandíssima, porém, limitou os danos neste prólogo, com o 6.º melhor tempo e que o deixa apenas a 12 segundos do camisola amarela.

«Pessoalmente acho que correu bem, tenho de ter em conta que há muito tempo não compito. O prólogo deste ano não é igual ao ano passado e é muito explosivo. Tenho de estar contente com o que fiz hoje. Ainda falta muito e o plano continua a ser o mesmo», disse o sul-americano imediatamente após acabar a volta.

Foi um dia de sucesso para a Sabgal, que, apesar de ter dois ciclistas à frente do líder, Mauricio Moreira, mantém o objetivo bem delineado: fazer tudo para dar o triunfo ao uruguaio. Rafael Reis até assumiu que gostava de manter a camisola amarela no fim da 1.ª etapa, esta quinta-feira, porém, diz que «o Mauricio está aqui para vencer e a equipa tem de ajudar».

Já Colin Stussi, atual campeão em título, ficou-se pelo 23.º posto, estando agora a 22 segundos do líder. Contudo, o suíço, que mostrou boas capacidades em etapas de montanha, tem amanhã uma boa oportunidade para se aproximar do topo e do rival uruguaio, uma vez que, esta quinta-feira, teremos uma etapa de 158.2 quilómetros com começo em Anadia (Sangalhos), mas que termina em Miranda do Corvo, com uma subida de 9,9 quilómetros, com inclinação de 8.2%.

A Bola
 
Colin Stussi impõe-se aos rivais e vence 1.ª etapa!

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Suíço foi mais forte na exigente montanha que serviu de meta; bateu António Carvalho (ABFT - Feirense) e Luís Fernandes (Credibom/LA Alumínios), que acabarem a 27 e 41 segundos, respetivamente

Se Colin Stussi lançou dúvidas quanto à sua forma física no arranque da Volta a Portugal, esta quinta-feira, desfez boa parte das mesmas ao mostrar grande ritmo para vencer a dura 1.ª etapa da prova. O atual campeão em título cortou a meta após 4:15.21 horas e impôs-se a dois portugueses, para passar a vestir a camisola amarela. António Carvalho (ABFT – Feirense), principal esperança lusa à vitória na classificação geral, mostrou-se consistente e terminou em 2.º a 28 segundos do líder. E em 3.º, surgiu Luís Fernandes (Credibom/LA Alumínios), a 41 s.

Foi nos últimos 6,5 quilómetros que o corredor da Vorarlberg partiu para o ataque na exigente montanha de Miranda do Corvo – 9,9 quilómetros, 937 metros de altitude e inclinação de 8,2% - já depois de Raul Rota, primeiro fugitivo da tarde, ter cedido a liderança no início da subida. E Stussi passou no teste. Primeiro, saiu em fuga juntamente com Jonathan Caicedo (Petrolike), porém o veterano de 31 anos, não teve pernas para acompanhar o helvético. E depois, seguiu-se outro perseguidor, Jon Agirre (Ken Pharma), mas com o mesmo resultado, sem ritmo para fazer frente ao campeão em título.

A etapa não decide, porém, o vencedor da Grandíssima a 4 de agosto, porém, deixa alguns corredores cada vez mais longe da vitória, isto porque, com as 3.ª e 4.ª etapas a acabarem em alto, descobrir-se-ão os primeiros candidatos ao título. Assim, Mauricio Moreira (Sabgal-Anicolor), outro ciclista que quer lutar pela Volta, terminou mais atrás do que desejaria, uma vez que o 8.º posto que registou o deixou a 1.06 minutos de Stussi, na etapa.

Na mesma equipa, também com expetativa de terminar nos lugares cimeiros, aparece Artem Nych, contudo o russo também se mostrou abaixo do esperado, em 25.º, cortando a meta 2.14 minutos depois de Stussi, mas, previsivelmente, à frente de Rafael Reis.

O português que, na quarta-feira, vestiu a camisola amarela ao vencer o 4.º prólogo da Volta a Portugal consecutivamente, seguia no pelotão compacto antes da temida montanha, mas, o especialista em contrarrelógio, fora da sua zona de conforto, ficou para trás e acabou em 74.º.

Na sexta-feira, o pelotão vai partir de Santarém e ruma a Lisboa (Marvila), nos 164 km que simbolizam a caminhada que Salgueiro Maia fez em 1974, na Revolução de Abril. Os corredores vão apenas subir uma montanha de categoria 4, com mais três metas volantes antes de chegarem à capital portuguesa.

A Bola
 
Sergio Chumil vence etapa rainha e há novo camisola amarela!

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Ciclista da equipa espanhola Burgos-BH acabou três segundos à frente de Afonso Eulálio (ABFT-Feirense), que assume a liderança da geral, tendo agora 11 segundos de vantagem para Colin Stussi (Vorarlberg)

Há nova camisola amarela na Volta a Portugal! Sergio Chumil (Burgos-BH) foi o vencedor da 3.ª etapa da Grandíssima, após 4:10.10 horas, seguido por Afonso Eulálio (ABFT-Feirense) que, após chegar três segundos depois do rival, se tornou no novo líder da classificação geral. E em terceiro, surgiu Jon Agirre (Kern Pharma), que fez o seu ataque no momento certo para garantir lugar no pódio.

Ao início dos 161 quilómetros, na vila do Crato, o jovem português era 10.º, a 1.25 minutos do 1.º, Colin Stussi (Vorarlberg), porém, na já conhecida subida até à Torre, no topo da Serra da Estrela, o jovem de 22 anos mostrou ter pernas para se destacar do restante pelotão, superado apenas pelo corredor da Guatemala nos últimos metros da corrida, que sobe agora ao 10.º posto da geral.

O vencedor, Chumil, não escondeu que «foi uma etapa dura», isto porque na primeira metade deste dia um grupo a rondar os 20 corredores arrancou em fuga. «Desde o princípio que o pelotão teve um ritmo muito rápido», referiu, acrescentando começou a acreditar no triunfo quando se apercebeu que seguia sozinho com Afonso Eulálio.

Mas o esforço do trepador da ABFT-Feirense, Afonso Eulálio, foi recompensado com a camisola amarela porque, o suíço da Vorarlberg cruzou a meta, em 8.º, 1.36 minutos depois, numa montanha de categoria especial (20,2 km, 6,5% inclinação média) em que mostrou algumas dificuldades.

Tudo indicava que o suíço estava a gerir a condição física, já após se mostrar incapaz de se distanciar do pelotão, para não perder tempo para o rival português António Carvalho, mas num contra-ataque a 3 km do fim, limitou danos na geral, sem evitar, contudo, a cedência da amarela.

Mas nada está decidido na Grandíssima porque, no domingo, há nova etapa que novamente termina em alto. O pelotão vai partir de Sabugal, às 12.50, tendo pela frente um percurso de 164,5 quilómetros, que termina na Guarda, em novo dia de teste às pernas dos corredores.

Se este sábado passaram por quatro contagens de montanha, no domingo terão cinco (!): quatro de categoria três e outra de nível dois. E pelo meio, mais três metas volantes. Avizinha-se mais uma jornada atribulada, antes do único dia de descanso da prova.

A Bola
 
Luis Ángel Maté vence 4.ª etapa frenética

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Espanhol de 40 anos ultrapassou German Tivani nos metros finais, batendo Rafael Reis e Iñigo Elosegui; Afonso Eulálio mantém amarela e aumenta vantagem para Stussi, agora de 16 segundos

Tem 40 anos, mas ainda tem pernas para ganhar corridas. Luis Ángel Maté, corredor da Euskaltel-Euskadi, foi o grande vencedor da 4.ª etapa da Volta a Portugal, depois de um final repleto de trocas de líderes.

Parecia que seria German Tivani (Aviludo-Louletano) o primeiro a cortar a meta na Guarda, mas o ataque do argentino revelou-se precoce, já que Maté, nos últimos metros alcançou o corredor da Aviludo e completou a prova em 4:13.27 horas. E não foi o único, porque Rafael Reis (Sabgal-Anicolor) e Iñigo Elosegui (Kern Pharma) também ultrapassaram o corredor albiceleste para terminarem em 2.º e 3.º, respetivamente.


«Gosto muito da Guarda, de Portugal e da Volta a Portugal. Estou muito contente por estar aqui e ainda mais por ganhar nesta competição», disse Ángel Maté na entrevista rápida, aos microfones da RTP e Antena 1. Quando saiu o calendário da Grandíssima,o veterano corredor colocou uma cruz no calendário, traçando esse objetivo para esta Volta.

«É uma Volta histórica, mítica, com muito boa organização e muito bom publico. Avizinham-se bons dias e a classificação está aberta. Vamos ter mais etapas duras mas o mais importante agora é descansar!», atirou.

Tudo depois de Gonçalo Leaça (Credibom/ LA Alumínios/ Marcos Car) ter sido alcançado pelo grupo perseguidor perto do último quilómetro da ronda.

Mas atenção! Depois do dia de descanso de segunda-feira, Afonso Eulálio (ABFT-Feirense) vai continuar a vestir a camisola amarela, já que, este domingo, não só segurou a liderança da geral… como a aumentou!


Afonso Eulálio mantém camisola amarela e aumenta vantagem para 2.º lugar, agora de 16 segundos (NUNO VEIGA/LUSA)
O jovem corredor de 22 anos, chegou em 15.º, no maior pelotão, atrás do grupo perseguidor, e quando parecia que chegaria ao fim da jornada ao lado de Colin Stussi, principal candidato da Vorarlberg ao triunfo da Grandíssima, atacou para surpresa do suíço e cimentou o 1.º lugar da geral com 16 segundos de vantagem para o helvético, em 2.º.

Porém, nem tudo é mau para o campeão em título, pois, na geral, ultrapassou Jon Agirre (Kern Pharma), espanhol que é agora 3.º, depois de chegar em 23.º, 11 segundos atrás do suíço.

Depois de uma primeira metade repleta de montanhas, os corredores têm esta segunda-feira um dia de descanso, que vão usar para preparar a 5.ª etapa da Volta a Portugal. Na terça-feira, o pelotão vai partir de Penedono e 176,8 km depois chega a Bragança, tendo pelo meio três contagens de montanha – duas de categoria quatro e outra de nível dois -, e três metas volantes.

A Bola
 
Norte-americano Hugo Scala Jr. vence quinta etapa da Volta a Portugal

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Corredor da Project Echelon Racing impôs em sprint ao português Fábio Costa (ABTF-Feirense), que resistiram da fuga do dia. Afonso Eulálio mantém camisola amarela

O norte-americano Hugo Scala Jr. (Project Echelon Racing) venceu a quinta etapa da 85.ª edição da Volta a Portugal, entre Penedono e Bragança, na distância de 176,8 quilómetros, batendo, em sprint, o português Fábio Costa (ABFT-Feirense), os únicos resistentes de uma longa fuga de 12 elementos iniciada ainda antes de terem sido percorridos 20 km.

O duo de fugitivos concluiu a tirada, que se seguiu ao dia de descanso da prova, com 11 segundos de vantagem sobre o dinamarquês Julius Johansen (Sabgal-Anicolor), em posição intermédia de um grupo de perseguidores que tinham sido seus parceiros de aventura no dia.

O pelotão, com os principais candidatos à vitória final na Volta a Portugal, chegou a 38 segundos do vencedor, entre os quais, o camisola amarela Afonso Eulálio (ABFT-Feirense), que manteve incólume a sua liderança, com 16 segundos de vantagem sobre o austríaco Colin Stussi (Vorarlberg).

Hugo Scala Jr. disse estar «bastante feliz» com a vitória. «A etapa começou difícil, não foi fácil consolidar a fuga, mas depois ganhámos muito tempo graças a um bom revezamento entre quase todos os elementos», começou por afirmar o norte-americano, de 26 anos.

«No entanto, nos últimos 20-15 quilómetros, a corrida tornou-se muito dura devido à aproximação do pelotão e ao cansaço acumulado. Mesmo assim conseguimos chegar à meta para disputar a vitória. No sprint, a estratégia foi bem-sucedida. Fiquei à espera de que o outro corredor [Fábio Costa] tomasse a dianteira e dei tudo na aceleração final, e consegui. Estou muito feliz», declarou Hugo Scala Jr.

Sentimento oposto o de Fábio Costa, derrotado sobre a meta depois de se ter mantido mais protegido na fuga por ser da equipa do líder da classificação geral. «Não estava previsto entrar na fuga, mas não posso estar totalmente satisfeito, porque fui batido no sprint e não consegui vencer. Estive tão perto! Gostava muito de ter dado a vitória à minha equipa, que tanto merece. Agora irei focar-me em ajudar o Afonso [Eulálio] a defender a amarela até fim da Volta», concluiu.

Na quarta-feira, a sexta de 10 etapas sai de Bragança e ruma a Boticas em 169,1 quilómetros, com cinco contagens de montanha no percurso, a última de primeira categoria, em Torneiros, nos últimos 20 quilómetros.

A Bola
 
Russo Artem Nych vence isolado em Boticas

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Artem Nych (Sabgal-Anicolor) venceu isolado a sexta etapa da Volta a Portugal, entre Bragança e Boticas, na distância de 169,1 quilómetros, após ter escapado aos parceiros da principal fuga do dia na dura subida de Torneiros, de primeira categoria, a menos de 20 quilómetros da meta.

O russo, que à partida para esta etapa ocupava a 20.ª posição, a 3.53 minutos do líder da classificação geral, Afonso Eulálio (ABTF-Feirense), resistiu a um grupo perseguidor que incluía o jovem camisola amarela e o segundo, o suíço Colin Stussi (Vorarlberg) e impôs-se para conquistar a etapa com 1 minuto de vantagem sobre Afonso Eulálio.

Na luta pelo topo geral, Afonso Eulálio e Colin Stussi igualaram-se após terem medido forças na subida de Torneiros, onde se destacaram dos mais diretos rivais, mas acabaram por ser alcançados por estes no derradeiro quilómetro.

Afonso Eulálio, com os seis segundos de bonificação pelo segundo lugar etapa reforça a liderança sobre Colin Stussi, que tinha recuperou um segundo numa sprint bonificado no início da etapa. A diferença entre os dois primeiros da geral são agora 21 segundos.

Após a etapa, Artem Nych felicitou os companheiros de equipa pelo contributo para a vitória. «Estou muito feliz. A nossa Volta não começou muito bem. Muito obrigado à equipa, aos meus companheiros, que trabalharam muito bem desde o início da etapa para esta vitória, dedico-lhes este sucesso», declarou o russo da Sabgal, que tem tido uma Volta aziaga.

Segundo classificado na etapa, Afonso Eulálio reforçou a liderança da classificação geral, devido aos seis segundos de bonificação na meta. Como tinha perdido um para Colin Stussi num sprint intermédio, ganhou cinco ao suíço, o mais direto oponente na corrida à camisola amarela.

«Para mim, o Stussi está mais forte. Ataquei, mas ele nunca mostrou fragilidade. A luta continua, dia após dia. Não sei o que faremos nas próximas etapas, a nossa vantagem ainda é muito curta para o contrarrelógio, por isso Stussi é o grande favorito à vitória na Volta e certamente vai começar a controlar. Temos de lhe ganhar mais tempo. Temos de conversar na equipa para ver o que fazemos».

Colin Stussi atacou Afonso Eulálio na fase mais dura da subida de Torneiros, mas o jovem líder da geral recuperou e alcançou-o ainda antes do cume. Nas contas da geral, o suíço, vencedor da Volta a Portugal em 2023, ainda saiu a perder… «Tentei atacar na subida final, mas o Eulálio é muito forte em subidas curtas e inclinadas, mas não foi possível. Vou continuar a tentar. Eles continuam a ter dois corredores para a geral, com o Carvalho. Ainda falta muita Volta…»

Joaquim Andrade, diretor desportivo da ABFT-Feirense, fez a análise da etapa e anteviu as próximas batalhas. «Foi um dia muito positivo. Mas a primeira fase foi muito atacada, não podíamos controlar a corridas sozinhos. No entanto, termos chegado à última subida e fazer o que fizemos, foi muito bom. Na classificação geral, o Colin Stussi continua muito próximo da nossa amarela, por isso também terá de assumir as despesas da corrida, não vamos continuar a andar com a equipa da Vorarlberg às costas. O António [Carvalho] não perdeu tempo, apesar de ter feito uma subida mais conservadora. Está tudo em aberto».

Na quinta-feira, a sétima etapa liga Felgueiras a Paredes, no distrito do Porto, em 160,4 quilómetros, com quatro contagens de montanha, três delas nos últimos 50 quilómetros.

A Bola
 
Volta a Portugal Venezuelano Francisco Pañuela vence em Paredes

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Velocista da Rádio Popular-Paredes-Boavista ganha em dia de aniversário do clube axadrezado e na cidade que dá nome à equipa. Afonso Eulálio continua de amarelo

O venezuelano Francisco Peñuela, da equipa Rádio Popular-Paredes-Boavista, venceu esta quinta-feira a sétima etapa da Volta a Portugal, assinalando da melhor maneira no 121.º aniversário do clube axadrezado e na chegada da Grandíssima à cidade de Paredes.

Peñuela, de 23 anos, impôs-se ao sprint, no final do percurso de 160,4 quilómetros desde Felgueiras, o português Tiago Antunes, da Efapel, segundo, e ao argentino Nicolás Tivani (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), terceiro, na dianteira de um grupo reduzido que disputou o triunfo numa avenida com piso empedrado.

Afonso Eulálio continua a envergar a camisola amarela, com os mesmos 21 segundos de vantagem com que partiu para esta etapa sobre o vencedor de 2023, o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg), e agora 55 segundos sobre o terceiro classificado, o espanhol Mikel Bizkarra (Euskaltel-Euskadi) que ascendeu à terceira posição.

Foi uma etapa muito atacada, desde o início, com Tivani e o espanhol Luis Ángel Maté (Euskaltel-Euskadi) a procurarem amealhar pontos na luta para vencer as classificações dos pontos e da montanha, respetivamente. Sem uma fuga do dia propriamente dita, com avanços e recuos, atrás os azares multiplicavam-se, com Jannis Peter a desfalcar a equipa de Colin Stüssi, sem conseguir seguir em prova após uma fratura num dos braços.

Mais tarde, uma queda atrasou António Carvalho (ABTF-Feirense), Jesus del Pino (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho) e Luís Fernandes (Credibom-LA Alumínios-MarcosCar), que tiveram de pedalar muito para voltar ao pelotão.

Ainda mais azarado foi o espanhol Jon Agirre (Kern Pharma), que esteve envolvido nesse aparato e, mais tarde, viria a ter um problema mecânico, baixando de terceiro à geral para a 13.ª posição.

Com o pelotão partido, e Eulálio e Stussi atentos – por vezes instigadores – ao ritmo alto na frente, vários homens tentaram fugir, entre eles o dinamarquês Julius Johansen (Sabgal-Anicolor) e Joaquim Silva (Efapel).

Nos últimos quilómetros, e já depois da primeira passagem pela meta, sucederam-se os ataques e contra-ataques, um deles do espanhol Joan Bou (Euskaltel-Euskadi), sexto, mas acabou por ser um grupo seleto quem discutiu a vitória, no qual Francisco Peñuela confirmou talentos de velocista, que já tinha demonstrado neste ano de estreia na Europa com o segundo lugar na Volta ao Alentejo e a vitória na primeira etapa do Grande Prémio Douro Internacional.

Os favoritos chegaram juntos, à exceção de Agirre, que desaparece dos primeiros lugares, promovendo todos os outros um lugar – Mikel Bizkarra sobe ao pódio, a 55 segundos, com os restantes a mais de um minuto do jovem líder.

Sexta-feira, a oitava etapa liga Viana do Castelo a Fafe em 182,4 quilómetros, com quatro prémios de montanha a somarem-se a uma subida sem categoria até à meta.

A Bola
 
Argentino Tomas Contte vence 8.ª etapa da Volta a Portugal

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Ciclista dá segunda vitória da prova à Aviludo-Louletano, impondo-se a Andoni Lopez e Rafael Reis; Afonso Eulálio mantém camisola amarela, mas perde dois segundos para Colin Stussi

Desta vez, a vitória não escapa a Tomas Contte! Depois de ter hesitado no ataque final da 2.ª etapa, que resultou no triunfo do colega de equipa German Tivani, o argentino acertou o timing do último esforço da 8.ª corrida da Volta a Portugal e venceu em sprint, dando a segunda vitória à Aviludo-Louletano nesta 85.ª edição da Grandíssima.

Mas foi por milímetros que o corredor albiceleste cruzou a meta em primeiro lugar. Tudo porque, apesar de uma contagem de montanha de nível quatro, a 5 km do fim, avizinha-se um final que favorecia os sprinters, contudo, Contte impôs-se aos rivais da Euskaltel-Euskati, Andoni Lopez, e ao português Rafael Reis (Sabgal-Anicolor), que ocuparam o 2.º e 3.º lugares, respetivamente.

Naturalmente, Contte revelou-se muito feliz com o resultado e disse que esperava mais ataques do grupo que partiu em fuga logo no início dos 182,4 quilómetros do percurso, em Viana do Castelo.

«Foi uma etapa difícil com o dia todo na etapa em fuga. Pensava que íamos ver mais ataques porque o pelotão era muito grande, mas só mais tarde, nos últimos 25 km é que esses vieram», analisou o argentino. E que ritmo demonstraram! Se quase duas horas depois do arranque levavam uma vantagem de seis minutos, nos últimos 10 era já de 10 m para o grupo no qual se encontravam o camisola amarela Afonso Eulálio (ABFT-Feirense).

Porém, lá conseguiu o corredor argentino vencer a etapa, mesmo admitindo que sabia que ia ter dificuldades na última montanha, tudo porque diz estar a viver um «ano difícil», pois ainda está a recuperar de uma lesão no joelho.

E na classificação geral? Pouco se alterou. Muito pouco, mas Colin Stussi, campeão em título, deixou um aviso ao jovem ciclista da ABFT Feirense. Isto porque, o suíço, nos últimos metros, adiantou-se a Eulálio que tentou responder ao ritmo imposto pelo rival, mas sem sucesso, e terminou em 28.º, dois postos à frente do adversário direto (30.º). Assim, o líder da Vorarlberg cortou um segundo ao camisola amarela, estando agora a 20 do mesmo. No terceiro posto, outro espanhol da Euskaltel-Euskadi, Mikel Bizkarra, acabou em 32.º, mas segura o 3.º na geral, a 55 segundos.

Restam duas etapas para o final da Grandíssima e na sexta-feira, o pelotão vai ter pela frente a conhecida subida à Senhora da Graça, montanha de categoria um. Contudo, antes disso, terão de percorrer 170,8 km, com início em Viana do Castelo e o percurso é… montanhoso. Isto porque, além da meta, há mais três contagens, uma de nível quatro e mais duas de nível um!

A Bola
 
Volta a Portugal: Abner González vence 9.ª etapa e há novo camisola amarela!

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Artem Nych é o novo líder da geral, depois de acabar corrida em 2.º lugar; Afonso Eulálio cai para sexto e Stussi para quarto

Viveu-se um final dramático na mítica subida da Senhora da Graça, que foi palco do fim da 9.ª etapa da Volta a Portugal! Abner González foi o primeiro a cortar a meta, dando vitória a Efapel, mas em segundo chegou Artem Nych (Sabgal-Anicolor) que rouba a camisola amarela a Afonso Eulálio, apenas com o contrarrelógio final por disputar este domingo. E em terceiro, chegou David Delgado (Burgos BH), mas longe da discussão da vitória na Grandíssima.

Ninguém esperava que, ao início da jornada, em Maia o grupo de fugitivos estivesse na luta pela geral. Todos os olhos estavam em Eulálio e Stussi, mas na fuga emergiram os novos candidatos e o novo líder da geral, Artem Nych.

Contudo, foi o corredor porto-riquenho que se destacou no grupo fugitivo com um ataque nos últimos 200 metros que, à entrada para a subida final contava também com Gonçalo Leaça (Credibom /LA Alumínios/Marcos Car), Jaume Gardeño (Caja Rural) e David Delgado (Burgos-BH), mas sem ritmo para acompanhar os corredores do pódio. Sentado devido à exaustão, Abner González festejou a emocionante vitória, de que falou em entrevista rápida aos microfones da RTP.

«Foi uma etapa muito dura. Desde o início do dia, saímos com a mentalidade de ir atrás da etapa e de dar tudo. Não tínhamos nada a perder», frisou, revelando que esteve doente no prólogo. «É a minha primeira vitória profissional», acrescentou, visivelmente emocionado. «Estive meses a preparar-me para isto. Nunca na minha vida me tinha dedicado tanto por numa meta», assegurou.

O corredor da Sabgal-Anicolor destacou-se dos parceiros de fuga na subida de Torneiros, a menos de 20 quilómetros da meta. Afonso Eulálio foi segundo na 6.ª etapa e aumentou para 21 segundos a vantagem na ligeração da classificação geral

E que reviravolta para a Sabgal-Anicolor. Se Mauricio Moreia era à partida o principal candidato da equipa portuguesa, eis que Artem Nych, depois de um triunfo muito importante em Boticas, surge agora em 1.º lugar na geral e em posição para ganhar A Portuguesa.

Em sentido inverso, encontra-se Afonso Eulálio. O corredor da ABFT-Feirense, líder desde a 3.ª etapa, prometeu dar tudo nesta corrida, mas... deu demais. No Barreiro, na última montanha de 1.ª categoria fez o ataque e até ganhou 30 segundos para Colin Stussi (Vorarlberg), rival direto neste dia, porém, o esforço revelou-se mal calculado porque o suíço apanhou-o no início da subida da Senhora da Graça e, mais tarde, fez o contra-ataque, no qual o jovem de 22 anos não teve resposta para oferecer.

Resultado? Eulálio perde a amarela, ao terminar em 22.º, cerca de 4,40 minutos depois de Abner González e que vale uma descida para 6.º na geral, a 1,50 minutos do líder. Já Stussi, também caiu na classificação, mas limitou danos. Depois de cortar a meta em 13.º, está agora a 53 segundos do camisola amarela.

No domingo, é dia de tudo ou nada. Se antes os líderes das equipas contavam com o apoio da equipa para ajudar na prova, na corrida final dependem só de si. É dia de contrarrelógio, com um percurso de 26,6 km em Viseu.

A Bola
 
Artem Nych voa no contrarrelógio e vence Volta a Portugal!

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Ciclista da Sabgal-Anicolor venceu 10.ª e última etapa para devolver o título à Sabgal-Anicolor, que venceu a prova em 2022, com Mauricio Moreira

Que dia para Artem Nych! Mesmo não sendo um contrarrelogista (assumido) o corredor da Sabgal-Anicolor foi o mais rápido no contrarrelógio da 10.ª e última etapa da Volta a Portugal, em Viseu, para se sagrar o grande vencedor da 85.ª edição da Grandíssima.

Foi com um tempo de 34,36 minutos que o russo bateu o colega de equipa – e especialista nestas corridas – Julius Johanssen (34,39 m), mas, mais importante ainda, impôs-se ao rival direto, Colin Stussi (Vorarlberg), que ficou a 1,24 minutos de fazer o bis na prova, depois de conquistar a edição passada.

«Estou muito Feliz, é a minha primeira vitória na crono em Portugal. Mas estou mais feliz pela equipa, no ano passado não foi possível ganhar, por isso estou muito feliz. É uma equipa incrível. Somos uma família», afirmou, numa primeira reação ao triunfo.

«No início fui mais rápido do que na última parte. Nas primeiras duas etapas sentia-me muito mal e fui melhorando. Hoje cheguei na melhor forma. Sempre fui mais ou menos bom no contrarrelógio, mas vestir a camisola amarela deu-me mais força», analisou.

O suíço partiu primeiro, cerca de quatro minutos antes de Nych, e ao primeiro ponto intermédio prometeu atacar o bis na competição, algo que não acontece desde que o espanhol Gustavo Veloso venceu em 2014 e 2015. O helvético tinha sido mais rápido do que o dinamarquês, mas perdeu algum gás, que se revelou fatal para as aspirações.

O mesmo não se pode dizer do russo, que mesmo pressionado por Stussi, pedalou como ninguém. Bateu o tempo dos rivais nos primeiros dois pontos e voltou a dar a vitória à Sabgal-Anicolor, tal como fez o colega de equipa Mauricio Moreira, em 2022.

E a fechar o pódio surgiu o porto-riquenho Abner González (Efapel) que, mesmo depois de uma emocionante vitória na Senhora da Graça, tentou surpreender a competição, mas sem maior sucesso.

Já Afonso Eulálio, também tentou um último esforço para vencer a Volta a Portugal, mas o português de 22 anos mostrou-se fora da zona de conforto. Apesar de ter sido o corredor que mais tempo vestiu a camisola amarela, termina a prova em 9.º, que mesmo assim não mancha a impressionante prestação que demonstrou.

Na classificação da montanha, o corredor da Euskaltel-Euskadi, Luis Ángel Maté foi o grande vencedor e o compatriota Jaume Gardeño (Caja Rural) impôs-se na tabela da juventude.

Na competição de pontos, German Tivani (Aviludo-Louletano), vencedor da 2.ª etapa, encima a tabela, depois de ser habitual membro nas fugas e dos primeiros a cortar as metas volantes.

E quando a equipas, foi a Pro Team Euskaltel-Euskadi que levou o prémio, que além da boa prestação de Maté nas montanhas, Mikel Bizkarra e Joan Bou terminaram competição no 'top'-10.

A bola
 
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