Sporting vence Sturm Graz na Áustria
No país de Mozart, e de muito má memória para os leões, não houve uma sinfonia perfeita. Pelo contrário. O ritmo foi bem agitado logo nos primeiros minutos com um Sturm Graz, muito empolgado pelas bancadas vibrantes do Merkur Arena, a aparecer destemido e com vontade de agudizar a maldição do leão em terras austríacas. Num onze com muitas mudanças (Rúben Amorim fez cinco alterações em relação ao jogo com o Moreirense), a equipa leonina apenas conseguiu soltar-se à passagem da meia hora de jogo.
E para tal muito contribuiu o crescimento de Hjulmand, que começou a ganhar mais duelos no meio-campo, muito ativo a tentar servir, sobretudo Gyokeres que sofreu marcação cerrada. Na primeira parte, ainda assim, foi o leão que acabou por cima, com Paulinho a estar perto do golo em duas ocasiões, apesar dos ataques quase sempre prometedores do Sturm Graz. O relvado, em muito mau estado, não ajudou um espetáculo que foi marcado, nesta etapa inicial, pela entrega, garra e luta dos protagonistas.
Trincão, um dos mais apagados na etapa inicial, quase marca logo nos primeiros minutos da segunda parte, num golpe de cabeça, a cruzamento de Geny Catamo, mas o gigante Scherpen (tem mais de dois metros…) evitou males maiores. Mas o sinal estava dado. Mas para o lado do Sturm Graz. Que acordou com um golo de Boving, na recarga a excelente remate de Kiteishvili ao ferro da baliza de Adán. Estava feito o 1-0 e Rúben Amorim mexeu de pronto na equipa com as entradas de Nuno Santos e Pedro Gonçalves.
E nesse período o Sporting cresceu. Mas, curiosamente, até contra a corrente do jogo, foi também nessa altura que apareceu novamente o gigante Scherpen a evitar o pior com defesas incríveis a Paulinho. E foi resistindo, resistindo… até cair. Por um instrumento sueco que faz parecer toda a sinfonia perfeita. Falamos de Gyokeres que haveria de ser decisivo a finalizar um lance construído por Pedro Gonçalves a tirar com habilidade um adversário e a rematar para mais uma espantosa defesa de Scherpen. Só que desta vez… apareceu Gyokeres que levou tudo à frente e aproveitou a defesa incompleta do neerlandês.
E não estava tudo acabado. Os poucos minutos ainda serviram para fechar uma maldição. Diomande (enorme exibição!) a subir no terreno e após um livre de Pedro Gonçalves (quem mais..) ganhou a bola à entrada da área e atirou forte com o pé direito a trair Scherpen. Contas fechadas. Com o Sporting a fazer história. E a quebrar mais um enguiço. Desta vez na Áustria.
DesportoSapo