Homem obrigado a pagar 240 mil euros à ex-mulher por cuidar da casa e das filhas

Lordelo

Avensat
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Um tribunal de primeira instância em Málaga, Espanha, decidiu que um homem deve pagar à ex-mulher 204 mil euros "como compensação pelo trabalho doméstico não remunerado realizado em casa" durante os 25 anos em que estiveram casados.

A sentença, proferida por uma juíza, inclui também uma pensão compensatória de 500 euros por mês, durante os próximos dois anos, para a mulher, de 48 anos, bem como duas outras pensões de 400 e 600 euros para as duas filhas, de 14 e 20 anos. Além disso, obriga as duas partes a pagar metade das despesas extraordinárias geradas pelas jovens, desde consultas de dentista, oftalmologia, ou até apoio escolar, entre outros casos. Segundo o El País, o processo foi instaurado em dezembro de 2020, meses após a separação do casal.



O casamento aconteceu em 1995, quando o casal estava na casa dos vinte anos. Em julho do mesmo ano, assinaram uma declaração de separação de bens. Desde então, desenvolveram uma carreira profissional que inclui a abertura de várias academias, empresas de pavimentos, recintos e vendem máquinas de musculação, entre outras actividades. Fruto dos trabalhos, conseguiram adquirir uma exploração olivícola de 70 hectares, onde é produzido azeite e que, segundo a decisão, gera um rendimento mensal "entre três mil e quatro mil euros". "Quando entrámos com o processo, a terra estava à venda por quatro milhões de euros", disse a advogada da mulher ao El País, que assinala que os bens do ex-marido incluem carros de luxo, bens imobiliários, seguros de vida e tratores.

Enquanto o homem crescia profissionalmente, a mulher ficava em casa para cuidar das suas filhas. A primeira nasceu em 2003 e a segunda em 2009. "[A mulher] Passou todo o tempo a criar a família. Para que [o homem] pudesse ter um projecto empresarial, ela ficou com as meninas e nunca precisou da ajuda de ninguém", salienta a advogada. "Tem sido o seu trabalho, exclusivamente", insistiu, salientado que a família se deslocou várias vezes, para diferentes municípios de Málaga, com base nas necessidades do homem. "Ela era a sua sombra, trabalhou atrás dele para que ele crescesse profissionalmente e se tornasse algo", acrescenta o representante legal, que afirma que o pai não queria que a filha mais velha fosse para o ensino superior e que por isso desde os 16 anos de idade que a jovem trabalha para pagar as propinas.

IN:CM
 
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