Pela primeira vez em 40 anos, uma maioria de cidadãos dos EUA estima que a influência do seu país está em declínio e que o poder exterior que tem enfraqueceu em relação ao passado, indica uma sondagem hoje publicada.
O inquérito foi realizado pelo instituto Pew Research Center junto de pouco mais de duas mil pessoas, entre 30 de Outubro e 06 de Novembro de 2013.
Também pela primeira vez, uma maioria exprimiu o entendimento de que os EUA "devem tratar dos seus próprios assuntos" na cena internacional.
"Pela primeira vez em quase 40 anos de sondagens, uma maioria de pessoas (53%) considera que os EUA desempenham um papel menos importante e menos poderoso à escala do planeta do que há uma década", sublinha a instituição produtora do estudo.
Esta percentagem excede em 12 pontos o valor de 2009 e mais do que duplica em relação a 2004, ano em que o Presidente era George W. Bush.
Cerca de 70% das pessoas interrogadas consideram que os EUA inspiram menos respeito que no passado, nível semelhante ao do final do segundo mandato de George W. Bush.
A política estrangeira do actual Presidente, Barack Obama, é reprovada por uma maioria de 56% e aprovada por 34%.
Os norte-americanos "desaprovam designadamente a sua gestão da situação na síria, no Irão, na China e no Afeganistão", aponta-se no documento.
A luta antiterrorista aparece como um dos domínios em que há mais norte-americanos a aprovar (51%) do que a reprovar Obama, o que é feito por 44%.
Outro aspecto que surpreendeu os analistas foi o facto de, pela primeira vez em cerca de meio século, 52% das pessoas estimaram que os EUA deveriam "tratar dos seus assuntos na cena internacional e deixar os outros países desembaraçarem-se de problemas por si próprios", contra apenas 38% que pensam o contrário.
Lusa/SOL