Um golo na própria baliza apontado por Enea Mihaj à passagem pelo minuto 22 garantiu ao SC Braga vantagem importante no duelo com o vizinho Famalicão, mas à entrada para aos 20 minutos finais Sanca fez a igualdade para o Famalicão e o jogo entrou a partir daí num turbilhão de emoções.
Já com Pizzi e Bruma em campo, os guerreiros agigantaram-se para um final de jogo arrebatador e num instante o jogo transformou-se. Pizzi deu início à jogada do 2-1, finalizada por Banza, mas o festival ofensivo dos guerreiros prosseguiu e a fase final da partida teve uma carga incrível.
Assistido dentro da área por toque subtil de Pizzi, Bruma assinou o 3-1 com remate de categoria e sempre dentro do tempo de compensação o mesmo Bruma fechou a conta para os guerreiros.
O final de jogo do SC Braga foi louco e a contribuição dos dois reforços foi enorme. Pizzi, que foi recebido por misto de emoções pela plateia, ouvindo aplausos e assobios, teve papel fundamental no triunfo dos guerreiros e Bruma acabou por anotar dois golos na estreia, fechando o jogo da melhor forma para o SC Braga.
O FC Porto recebeu e venceu o Vizela, em partida da 19.ª jornada do campeonato, por 2-0, golos de Pepê (41’) e Taremi (86’), segue no 2.º lugar, acima do SC Braga – que venceu, este domingo, em casa, por 4-1, o Famalicão –, e mantém-se a cinco pontos do Benfica que ontem, também diante do seu público, havia batido o Casa Pia por 3-0.
Desinspirado no cômputo ofensivo (mas sólido na retaguarda, a não conceder espaços ao Vizela) talvez acusando algumas ausências importantes a meio-campo, casos dos lesionados Otávio e Stephen Eustaquio, o atual detentor de todos os troféus nacionais evidenciou algumas dificuldades para superar o Vizela, abrindo o marcador perto do fim da primeira parte.
Os azuis e brancos, sem Sérgio Conceição nem o adjunto Vítor Bruno no banco, castigados, haviam rondado a baliza de Buntic, com remates ameaçadores de Matheus Uribe (5’), Marko Grujic (15’) e João Mário (24’), tiraram total proveito da atrapalhação do defesa visitante Igor Julião, que, sob a pressão de Galeno, entregou a bola a Evanilson e este agradeceu para irromper na área, assistindo, de forma perfeita, Pepê que, sem oposição, assinou facilmente o 1-0.
A formação vizelense acusou o golo perto do intervalo e da forma como foi oferecido, pelo que, na segunda parte entrou em plano exibicional abaixo do globalmente apresentado na etapa inicial, ao contrário do FC Porto, pressionante, em busca do segundo golo e a ficar pertíssimo, por Evanilson (lançado por Pepê, ou seja, uma inversão de papéis em relação ao 1-0) que, aos 51’, viu Buntic, com uma excelente saída de entre os postes a negar o golo ao ponta de lança que já não era titular em partidas do campeonato desde o triunfo gordo, por 4-1, sobre o Boavista, à 13.ª ronda.
O 2-0 azul e branco acabaria por surgir aos 86’, por Taremi, assistido por João Mário, resultado natural da superioridade portista, que colocou ponto final na partida, depois de Wendell ter saído lesionado, em maca, aos 57’. Antes, Manuel Tulipa havia tentado alterar o curso da partida, com várias mudanças, mas sem sucesso, já que o FC Porto foi, apesar de alguma falta de brilhantismo no último terço, uma equipa sólida e coesa no aspeto defensivo, não concedendo veleidades aos minhotos.
O jovem Youssef Chermiti, 18 anos, foi o herói do Sporting na vitória sobre o Rio Ave, estreando-se com um golo ao minuto 84, a aproveitar um grande passe de Gonçalo Inácio. O jovem deu assim razão a Rúben Amorim, que tanto o tem elogiado.
Esta vitória traduz alguma superioridade dos leões no segundo tempo, num encontro sem muitas oportunidades de golo, exceção feita para um lance de Boateng para o Rio Ave, com grande defesa de Adán (56') e para uma bola na barra a remate de Pedro Gonçalves (63').
A primeira parte foi muito morna, com apenas um assomo de perigo, através de um remate do sportinguista Morita, que chutou forte mas ao lado da baliza de Jhonatan. De resto, jogo muito físico a meio-campo, sem que qualquer das equipas evidenciasse superioridade superlativa.
O Sporting apresentou-se apenas com uma alteração em relação ao encontro com o SC Braga (5-0), entrando Matheus Reis para o lugar do castigando Sebastián Coates. No banco, os mais recentes reforços: Bellerín e Ousmane Diamonde, que acabariam ambos por ser lançados ao mesmo tempo, no minuto 87, já com os leões em vantagem.
O Sporting está em 4.º lugar com 38 pontos, menos cinco que o SC Braga e menos sete que o FC Porto, que recebe na próxima jornada. Lidera o Benfica com 53 pontos (mais um jogo). O Rio Ave está em 12.º com 21 pontos.
O FC Porto não facilitou e tal como prometera Sérgio Conceição acabou por se superiorizar ao Sporting em Alvalade, num clássico emotivo e em que os golos surgiram apenas na segunda parte. Com este triunfo (o terceiro da presente época depois da vitória do Dragão e também na final da Taça da Liga), o FC Porto continua a ver o líder Benfica à distância de cinco pontos.
O jogo teve duas partes distintas. Na primeira, apesar de alguma superioridade leonina, as duas equipas criaram várias situações de golo, mas pecaram na finalização. Na segunda, sem tantas chances, chegaram os golos, o primeiro através de Uribe, a aproveitar um ressalto para ficar isolado e a não perdoar frente a Adán. Em vantagem, o FC Porto fechou espaços ao Sporting e foi num lançamento longo, já nos minutos finais que Pepê dilatou a vantagem. O jogo conheceria ainda outro golo, de Chermiti, mas insuficiente para pôr em questão a vitória portista.
Apesar das enormes dificuldades sentidas nos Barreiros, o SC Braga fez-se valer da sua enorme eficácia atacante e derrotou o Marítimo por 2-1, aproveitando o desaire do Sporting, horas antes, diante do FC Porto para alargar para 8 pontos a vantagem sobre os leões na luta pelo terceiro lugar.
O domínio quase total dos madeirenses na primeira parte deu frutos aos 38’, quando Riascos disparou forte para o 1-0.
Porém, os guerreiros do Minho, que nenhum perigo tinham criado até então, reagiram de imediato e chegaram ao 1-1, por Banza, após passe de Borja.
Já no tempo de compensação antes do intervalo, novo ataque bracarense levou Val Soares a tocar a bola com a mão na grande área. Penálti! Convertido com sucesso por Uros Racic. Pouco fazendo por isso, o SC Braga via-se a ganhar.
Na segunda parte, a equipa visitante fez a gestão do resultado até que o inacreditável aconteceu: quando o Marítimo procurava reagir e chegar ao empate, Edgar Costa, que entrara aos 82’, viu dois cartões amarelos e foi expulso; acabava o jogo para os insulares.
Apesar de ter protagonizado um jogo pouco conseguido, o FC Porto continua a viver a sua melhor fase da temporada, dando seguimento com o triunfo frente ao Rio Ave, por 1-0, a uma série de 11 jogos sem perder para a Liga, com seis vitórias consecutivas.
Uma primeira parte desinspirada do conjunto de Sérgio Conceição fechou com um golo que levou os campeões nacionais para o balneário em situação de vantagem, posição da qual estiveram bem mais perto os vila-condenses, que tiveram dois remates perigosos (um livre de Samaris e um tiro de Guga de fora da área) travados por duas intervenções de alto nível do guarda-redes Diogo Costa.
No segundo tempo, os portistas mantiveram um desempenho de pouco acerto, embora conseguindo manter o opositor fora da sua área. Registo apenas para uma aproximação em contra-ataque de Boateng, que levou a bola às malhas laterais.
Os azuis e brancos tiveram numa iniciativa individual de Pepê, que entregou a bola para Namaso, com Pantalon a evitar o golo, e num remate de Grujic, já em tempo de compensação, os seus melhores momentos neste segundo período.
Perante este desfecho, o FC Porto reduz para dois pontos a diferença para o Benfica, com o líder do Campeonato a jogar apenas esta segunda-feira, em casa, frente ao Boavista.
O SC Braga venceu o Arouca por 2-0, com golos de Abel Ruiz e Banza. Os minhotos entraram cheios de vontade e o avançado espanhol abriu o ativo aos 18 segundos, naquele que passou a ser o golo mais rápido desta Liga.
Apesar da vantagem ter chegado cedo isso não significou que os guerreiros tenham dado continuidade a esse ritmo elevado e o encontro entrou num equilíbrio e sem grandes ocasiões de novo golo.
Na segunda parte manteve-se o andamento, com os bracarenses a melhorarem quando o treinador Artur Jorge mexeu na equipa e acrescentou qualidade e frescura. O golo da tranquilidade só chegou aios 81 minutos, por Banza.
Nos instantes finais o Arouca criou um par de ocasiões para marcar, mas numa Matheus foi gigante e noutra falhou o alvo.
Pedro Gonçalves encaminhou Sporting para o regresso às vitórias
O Sporting conseguiu, esta segunda-feira, uma importante vitória em Chaves, por 3-2, com golos de Pedro Gonçalves (2) e Nuno Santos – João Teixeira e Héctor marcaram para os flavienses -, e reencontrou o caminho das vitórias, depois de uma derrota com o FC Porto (Liga) e um empate com o Midtjylland (Liga Europa) nos últimos dois encontros que disputou.
A equipa de Rúben Amorim entrou forte no jogo, quis marcar cedo, como que a querer vincar o seu estatuto. E a verdade é que nos primeiros minutos a bola andou sempre perto da baliza de Rodrigo e, aos 5 minutos, os leões quase marcavam, primeiro por Nuno Santos (boa defesa de Rodrigo), e depois por Trincão (valeu Ponck).
Não marcaram aos 5’… Marcaram aos 8’, de penálti, por Pedro Gonçalves, por alegada falta de Rodrigo sobre Paulinho. E quando se pensava que o Sporting iria respirar de forma mais tranquila, estando a vencer, a verdade é que o Chaves, apesar das imensas baixas para este jogo (nada mais, nada menos, do que sete…), reagiu muito bem, foi à procura do empate, criando intranquilidade na defesa leonina (pelo meio pedem penálti por uma alegada mão de Coates na grande área leonina…), na qual Diomande surgiu pela primeira vez na condição de titular.
Os flavienses, com Abbas muito irrequieto na esquerda, foram ameaçando até que um grande remate de João Teixeira, ao minuto 34, permite ao Chaves chegar ao empate – a bola ainda bate no relvado, primeiro, e depois no poste, acabando no fundo das redes da baliza de Adán.
A segunda parte começa com um golo anulado ao Sporting, que voltou cedo a dar sinais de que queria ganhar o jogo. E a este golo anulado… seguiu-se outro, ambos da autoria de Paulinho.
Mas à terceira foi de vez e, aos 61’, Pedro Gonçalves recebe de Gonçalo Inácio, flete da esquerda para o centro e dispara de pé direito, em arco, colocando o leão a vencer.
Desta feita, porém, os flavienses nem tiveram tempo para responder, já que nove minutos depois, assistido por Paulinho, Nuno Santos assina o 3-1, resultado que, agora sim, dava alguma margem de conforto aos leões.
Apesar de os flavienses nunca terem desistido do jogo, a verdade é que o Sporting nunca mais perdeu o controlo das operações, sendo que Chermiti, aos 85 minutos, ainda falhou um penálti, a castigar falta de Habib sobre Pedro Gonçalves (empurrão pelas costas) – o Chaves, porém, ainda reduziu para 2-3, por Héctor Hernández, no último minuto dos descontos…
O Benfica sofreu, mas conseguiu vencer (3-1) o Boavista, mantendo a diferença de cinco pontos para o perseguidor FC Porto.
Numa primeira parte sem grandes oportunidades, os encarnados vieram revigorados para a 2ª parte. Gilberto, um dos melhores em campo, fez o primeiro aos 55 minutos, na recarga a um remate de Rafa. Mas a vantagem durou pouco, já que Yusupha empatou três minutos depois.
Com a Luz em sofrimento, foi Gonçalo Ramos que aliviou as bancadas ao fazer o 2-1 a passe de Gilberto, um dos melhores em campo.
Já nos descontos, Musa marcou à antiga equipa e fechou o resultado.
Vitória sofrida do Benfica em Vizela, com bis de João Mário, apesar da grande réplica da equipa de Tulipa, que fez abanar as águias e criou várias chances de perigo, não sendo, contudo, bafejada pela sorte na segunda parte, altura em que se exibiu ao melhor nível perante as águias.
Roger Schmidt optou por fazer três alterações no onze depois da vitória na Luz sobre o Boavista: fez regressar Alexander Bah, após castigo, ao lado direito da defesa, preterindo Gilberto; prescindiu de Chiquinho e colocou Aursnes ao lado de Florentino para permitir a entrada de Guedes no lado esquerdo do ataque, apostando também em David Neres no lugar de Rafa Silva.
Do lado do Vizela, Tupila fez regressar Raphael Guzzo e Samu ao onze, por troca com Ivanildo e Osama Rashid, e apostou numa linha defensiva com quatro unidades.
O Vizela procurou entrada forte, até conquistou o primeiro pontapé de canto do jogo, mas foi oferecendo o seu meio campo ao Benfica, que passou longos períodos lá instalado, a tentar contornar as duas linhas do bloco vizelense, que com o seu bom posicionamento foi controlando as investidas das águias, não evitando alguns lances de perigo. Mas a primeira verdadeira ocasião de golo acabou por pertencer à equipa da casa, aos 28’, com Kiko Bondoso a entrar de rompante na área e a rematar apenas com Vlachodimos pela frente, com este a evitar o golo.
Quase dez minutos depois, o Vizela voltou a cheirar o golo, após uma atrapalhação de Vlachodimos, que com mau domínio de bola na área viu Osmajic tirar-lhe o esférico, que acaba por sobrar para remate de Nuno Almeida muito por cima.
Quem não marca… sofre. E foi neste momento de ímpeto ofensivo do Vizela que o Benfica acabou por chegar à vantagem, numa transição rápida: recuperação de Aursnes na grande área, a lançar slalom de Guedes, que é travado a meio caminho, mas faz a bola sobrar para Neres, que leva até à grande área e solicita remate cruzado de João Mário, que acaba por bater Buntic e colocar os encarnados em vantagem.
A segunda parte arrancou com remate cruzado de Neres para as mãos de Buntic e o Vizela respondeu com chance de golo, um livre cobrado para Claudemir, que já no interior da área do Benfica, aos 51’, rematou forte e cruzado para desvio de Vlachodimos para canto.
O Vizela acreditava, o Benfica complicava em termos defensivos e aos 65 minutos foi bafejado pela sorte, com Osmajic e Kiko Bondoso a acertarem nos ferros no mesmo lance, para desespero dos adeptos vizelenses. Era a melhor fase da equipa da casa, que não mais voltou a deixar o Benfica mandar no jogo, controlando defensivamente os ataques adversários e procurando o golo do empate, que fez por merecer. E só permitiu que o jogo ficasse verdadeiramente decidido já nos minutos finais, quando Lacava travou Grimaldo dentro da área, permitindo a João Mário, que falhara dos 11 metros na jornada anterior, reencontrar-se com os golos na conversão de um pontapé de penálti, selando o 2-0 final já aos 90+5.
Gil Vicente vence pela primeira vez no Dragão o FC Porto (2-1)
O FC Porto atrasou-se na luta pelo título e tem o segundo lugar em perigo após perder no Estádio do Dragão, frente ao Gil Vicente, por 1-2, resultado que já se registava ao intervalo. Os galos vencem pela primeira vez em 27 jogos para a Liga na casa dos azuis e brancos.
Os campeões nacionais tiveram uma entrada fortíssima e só não festejaram golo no primeiro minuto porque Taremi partiu de posição de fora de jogo. O iraniano retificou e acabou por marcar pouco depois, numa jogada de transição rápida a envolver, também, Namaso.
Pepê e Namaso tiveram duas perdidas incríveis instantes depois – o brasileiro falhou escandalosamente com a baliza aberta e o inglês enviou a bola à trave.
Depois disso, o Gil Vicente… agigantou-se. Boselli teve um remate perigoso, Fran Navarro apontou a igualdade e Murilo colocou os galos em vantagem da marca de grande penalidade, a castigar falta de Uribe sobre Boselli na área. Entre os dois golos dos forasteiros, João Mário foi expulso por ter levado a mão à bola, quando um jogador de Barcelos se isolaria na área.
Na segunda parte, as dificuldades do FC Porto aumentaram na sequência da expulsão de Uribe, por acumulação de amarelos. Os azuis e brancos ameaçaram e Eustaquio chegou a colocar a bola na baliza, mas o lance foi anulado por fora de jogo.
Os homens de Barcelos arriscaram muito pouco neste período, preferindo segurar o resultado.
Jogo animado em Alvalade. Despido de público, mas recheado de momentos de bom futebol nos minutos iniciais. Com excelentes movimentos dos alas leoninos para terrenos mais interiores, muita dinâmica entre Morita, Edwards e Morita, e a faltar, sobretudo, maior assertividade no último passe. O Estoril, a viver um momento delicado da época (e que culminou com a saída de Nélson Verissímo a meio da semana), não escondia ao que vinha: dar bola ao leão, apostando no critério da condução e do passe de Francisco Geraldes (que regressou à casa onde se formou), na procura de lançar jogadores como Tiago Gouveia ou Rafik Guitane. Uma fórmula que até poderia ter efeitos práticos logo aos 5’ num lançamento em profundidade a Tiago Gouveia. Adán, atento, saiu e resolver um primeiro problema.
Depois surgiu o Sporting. A criar a primeira grande ocasião do jogo. Paulinho, com desvio de cabeça a cruzamento perfeito de Edwards (18’), permitiu defesa enorme a Dani Figueira. Um momento alto que animou (ainda mais...) um leão que parece ganhar nova vida sempre que joga em Alvalade. Mas, convém sublinhar, nunca esteve nestes primeiros minutos totalmente tranquilo, pois o Estoril, equipa matreira, inteligente na exploração dos espaços, sabia como ferir o leão. Apesar da boa dinâmica, constantes movimentações e velocidade de execução, era na tomada de decisão que o Sporting precisava de melhorar. E nesse aspeto foi Edwards que indicou o caminho. Com um remate em arco fabuloso (39’) a passar muito perto do ferro e, já perto do intervalo, o golo. Estreia de Bellerín a festejar, num aproveitamento máximo após uma hesitação de João Carvalho na área dos leões.
O espanhol aproveita, entrou na área e desviou de Dani Figueira. Uma vantagem que até poderia ser maior ao intervalo, pois Trincão, num último suspiro ainda atira de cabeça por cima. O Estoril, apesar da boa organização nos primeiros 45 minutos, ficou a zero… nos remates enquadrados. Ficou-se pelas ameaças.
Na segunda parte o jogo mudou. Para melhor do lado dos leões. Com maior paciência e… genialidade. Ponto alto no minuto 51’. Se não viu… puxe a fita atrás. O extremo, da esquerda para o meio, a tirar do caminho João Gamboa, Mexer, João Carvalho… entra na área e atira sem hipótese para Dani Figueira. Um lance de génio e coroar uma noite perfeita. E a partir daqui… ordem para uma gestão mais cautelosa (até deu para Rúben Amorim retirar o capitão Coates) sem nunca perder o controlo do jogo. Mas mesmo numa toada mais morna o Sporting poderia ter alcançado um triunfo com números mais expressivos. Trincão (63’ e 68’) esteve perto de marcar, assim como Pedro Gonçalves (62’) e Chermiti (71’ e 90’). Não aconteceu, porém, o Sporting segurou mais uma preciosa vitória num jogo em que dominou do princípio ao fim…
V. Guimarães vence SC Braga em dérbi escaldante (2-1)
O Vitória de Guimarães cimentou posição de UEFA triunfando no escaldante dérbi do Minho frente ao SC Braga, por 2-1 (2-0, ao intervalo), que contou com três expulsões (uma para a equipa da casa e duas para os forasteiros). Os bracarenses falham o assalto ao segundo lugar, que continua a pertencer ao FC Porto, com dois pontos de vantagem.
Uma entrada intranquila dos centrais dos guerreiros fez implodir a estratégia que a equipa de Artur Jorge levava para este desafio. Um amarelo a Niakaté e, depois, idêntico cartão a Tormena ilustram a pálida imagem dos bracarenses, que se acentuou com falta do francês cometida na área sobre Safira, passível de grande penalidade.
Na sequência deste lance, Niakaté foi expulso e da marca dos 11 metros Tiago Silva não perdoou, colocando a formação de Moreno Teixeira na liderança do marcador, ao minuto 31.
O Vitória manteve a agressividade e objetividade em campo e, dez minutos depois do primeiro golo, Safira elevou a contagem, num tremendo golpe de cabeça, a cruzamento de André Amaro.
O SC Braga tentou reagir no segundo tempo, mas tardiamente. Conseguiu retirar de campo Tiago Silva, por acumulação de amarelos, repondo a igualdade numérica de jogadores em campo, ao minuto 54, e só atenuou a desvantagem, por Djaló, ao minuto 88, ficando pouca margem para habilitar o empate.
Com este desfecho, os vitorianos prosseguem uma série de cinco jogos sem perder (apenas um empate pelo meio, na semana passada com o Casa Pia). Já os arsenalistas encerram um ciclo de três triunfos consecutivos.
O Benfica voltou às boas exibições e com a vitória por 2-0 sobre o Famalicão aumentou para onze os pontos de vantagem sobre o FC Porto, que esta jornada terá deslocação com elevado grau de dificuldade ao terreno do Chaves. Gonçalo Ramos marcou os dois golos do jogo e amplia para 11 os pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o FC Porto.
Na primeira parte o Benfica foi sufocante, fez pressão tão alta que o Famalicão nunca conseguiu sair para o ataque. Mas faltaram durante muito tempo oportunidades de golo para os encarnados, que dominando não conseguiam colocar-se em vantagem.
Até que ao minuto 36 Grimaldo subiu pela esquerda, o primeiro cruzamento foi devolvido por Riccieli e à segunda tentativa o espanhol fez assistência perfeita para Gonçalo Ramos, que marcou o golo 20 da temporada e 14.º na Liga.
No segundo tempo o Benfica entrou forte, rematou duas vezes com perigo, por Grimaldo e David Neres, mas passou depois longos minutos sem conseguir ameaçar a baliza de Luiz Júnior.
Nas bancadas sentia-se algum nervosismo porque o 1-0 dava tudo menos tranquilidade aos adeptos, até que Gonçalo Ramos marcou o se3gundo do jogo e acabou com as dúvidas, numa oportuna recarga a remate de Grimaldo, que teve também exibição de grande qualidade.
O Famalicão soube discutir o jogo, mas a vitória do Benfica é justíssima e assim fica ainda mais pressionado o FC Porto.
O Sporting conseguiu a terceira vitória consecutiva na Liga, ao triunfar sobre o Portimonense por 1-0, num jogo em que se pode queixar de si próprio para não ter alcançado uma vitória robusta, tal o número de oportunidades desperdiçadas, incluindo uma grande penalidade, por Pedro Gonçalves, em cima do intervalo, ao minuto 42.
Coube a Paulinho, ao minuto 77, num vólei perfeito após grande passe de Pedro Gonçalves, desbloquear o jogo a favor dos leões. Antes disso, Nakamura, por três vezes (52´, 63´e 72), tinha negado o golo ao Sporting em situações claríssimas de golo.
Pressionado pela vitória do Benfica sobre o Famalicão, por 2-0, na passada sexta-feira, e pela derrota, na jornada anterior, em casa, com o Gil Vicente (1-2), o FC Porto só tinha uma opção na visita a Chaves: ganhar. E assim foi. Com cinco alterações na equipa relativamente ao jogo da pretérita ronda – João Mário e Uribe castigados deram lugar a Rodrigo Conceição e Grujic, além de três mudanças por opção, com Wendell, Pepê e Taremi rendidos por Zaidu, André Franco e Toni Martínez -, os dragões não facilitaram e retomaram o trilho dos triunfos.
O primeiro golo da partida pertenceu a Danny Namaso (15’), a tirar Guima da frente e, da entrada da área, a disparar, com força e colocação, levando a bola junto ao ângulo inferior direito. Perto do final da primeira parte, aos 43’, foi a vez de Otávio brilhar, com uma bonita finta sobre Guima e combinação com Stephen Eustaquio, a rematar sem hipóteses de defesa para Rodrigo.
Na segunda parte, o Chaves entrou com muita vontade de reentrar na discussão do resultado, primeiro foi Euller (50’), isolado, a ‘picar’ a bola sobre Diogo Costa e depois a aparecer o golo flaviense, por Steven Vitória (53’), de penálti. O FC Porto reagiu e aos 65’, Danny Namaso, de fora da área, disparou uma ‘bomba’ para grande defesa de Rodrigo.
Ao minuto 74, Jô viu o segundo amarelo, o Chaves ficou reduzido a dez unidades e aos 81’, Toni Martínez, viu ser-lhe anulado golo por fora de jogo de 11 centímetros. Até final do jogo, tempo ainda para expulsão infantil de João Mendes ao ver dois amarelos em dois minutos (85’ e 87’) e Toni Martínez (90’+6) a marcar o 3-1, assistido por Taremi, lançado por Otávio, com um passe de excelência.
Após as derrotas (0-1) com Inter de Milão e Gil Vicente (1-2), o FC Porto volta aos triunfos, aumentando a confiança para o segundo round com os italianos, além de não perder ainda mais distância relativamente ao líder Benfica, mantendo-se a oito pontos do clube da Luz e o 2.º lugar livre de assalto bracarense.