«A garra é a minha imagem de marca» - Beto
Beto falou pela primeira vez desde que foi confirmado como reforço para a baliza do SC Braga. Antes do treino da manhã, o guardião explicou as razões que o levaram a rescindir com os dragões: «Passei dois anos felizes no FC Porto, mas estou a serviço do Braga e contente por estar aqui. Acima de tudo quero crescer como profissional e dar continuidade a sete anos de trabalho com a garra que é a minha característica e imagem de marca. Cheguei até aqui por mérito próprio e esta é mais uma etapa na minha carreira.»
Campeão pelo Cluj, Beto recebeu convites para continuar a jogar fora de Portugal. Mas o chamamento do Braga e da família foi mas forte. «É verdade que tinha propostas para jogar no estrangeiro, inclusivamente do Cluj, mas essa não seria a minha primeira opção. O Braga ofereceu-me boas condições profissionais e familiares, pois permite-me estar mais perto do meu filho. Foi a opção mais do que acertada», acentuou.
O reforço vai discutir a titularidade com Quim, guarda-redes que também ambicionou um lugar no Europeu. O desafio é de risco elevado para Beto: «O Braga tem tido ao longo da sua história bons guarda-redes. Neste momento a equipa está bem servida e qualquer um deles pode ser opção. O risco faz parte da vida e da minha carreira, eu acredito nas minhas capacidades e mais uma vez reforço a ideia de que só quero trabalhar para ser opção para o treinador.»
Sobre Quim, Beto não quis alongar-se na avaliação das capacidades técnicas do concorrente. A carreira do número 1 do SC Braga fala por ele. «Não vou falar individualmente de ninguém. O Quim tem provas dadas no futebol ao longo destes anos todos. Sou colega dele, quero ser mais do que colega dele, porque só assim o Braga vai crescer. Em Braga existe um conceito muito bom de grupo e família. Tem uma estrutura superorganizada e tem todas as condições para continuar a crescer ao nível dos resultados», fez notar.
E por falar em crescer, vieram à baila declarações antigas de Jorge Jesus quando era treinador do SC Braga. Na altura, os minhotos iam jogar com o Leixões e Beto era apontado como possível reforço dos arsenalistas. No entanto, o treinador defendeu que o então guardião da equipa de Matosinhos era baixo demais. Beto desdramatiza. «É um assunto do passado, penso que terá sido apenas para tentar desestabilizar-me», refere.
Finalmente, o Europeu. Mesmo não jogando, Beto vibrou «intensamente» com o trajeto da equipa. «A participação foi positiva, tenho a certeza que angariámos o apoio dos portugueses e a energia positiva de que tanto precisávamos na Ucrânia e Polónia. Vivi intensamente o Europeu e ter chegado às meias-finais e ficado tão perto da final foi ao mesmo tempo um motivo de agrado o e frustração.»