[size=14pt]A Europa não passa pelos reforços...[/size]
A Liga avança em velocidade vertiginosa: restam dez jogos para realizar e as ambições europeias do V. Guimarães estão seriamente ameaçadas. Numa época em que Rui Vitória foi obrigado a reinventar a equipa, há números que podem justificar a insistência do técnico num núcleo duro de jogadores que está potenciado ao máximo.
A razão? Muitos dos reforços contratados nunca se assumiram como tal. Recupere-se a lista das caras novas que chegaram nesta época: Jean Pablo, Abdoulaye, Moreno, André Santos, Malonga, Maazou, Nii Plange, Fernando Russi, Ricardo Gomes, Pedro Correia, sem esquecer o próprio Tiago Rodrigues, que se deu a conhecer no Vitória e não se afirmou no Dragão, regressando à casa de partida para cumprir um ano de empréstimo.
Desses reforços, os dois primeiros já não moram em Guimarães: Jean Pablo voltou ao Brasil e Abdoulaye foi repescado pelo FC Porto. Dos outros nove, só três integram o top dos 11 mais utilizados na Liga: Moreno, Maazou e André Santos.
Ainda assim, apesar da aposta intensiva de Rui Vitória, é gritante o défice de aproveitamento goleador revelado pelo gigante avançado do Níger (dois golos em 1082 minutos de ação, distribuídos por 16 jornadas).
Com menos minutos, Tomané, jovem formado nas escolas vimaranenses, marcou mais golos: tem quatro e só Marco Matias, com cinco, o supera na lista de goleadores do clube.
Fossem erros de casting cometidos por quem fez a seleção dos reforços (certo, o dinheiro não abunda no castelo e isso também impede aposta em jogadores de valor inatacável), dificuldades de adaptação por parte de alguns futebolistas à realidade vitoriana e à Liga ou motivos ainda mais insondáveis (alguém, por exemplo, consegue explicar tão acentuada quebra de rendimento de Tiago Rodrigues?), certo é que Rui Vitória não tem muito por onde escolher.
E essa não será, seguramente, a perspetiva mais animadora para quem sabe que o acesso à Liga Europa foi a meta traçada pela administração da SAD